terça-feira, 19 de novembro de 2013

Para as mocinhas casaidoras - Decoração de Chá de Cozinha

Oláaaaaaaa!


Aqui estamos nós, em clima de festa! Voltei a produzir  os mimos do niver caseiro da Maju no último fim de semana... 

Mas hoje o post é para inspirar as mocinhas casadoiras, mamães em potencial ou não! Essa não será a primeira vez que me atrevo a decorar uma festinha hehehe. Nas fotos abaixo, você confere meu atrevimento (me perdoem as profissionais) em arrumar, com muito amor e carinho, o Chá de cozinha da minha sister amada, há quase dois anos atrás.

Decidi fazer esse post para ilustrar como objetos que temos em casa (ou angariados de amigos) podem nos ajudar a montar um ambiente agradável de celebração, quando contratar um serviço especializado de decoração de festas não é uma opção! E assim será o niver da Maria Julia, usando apenas coisas que já temos ou que podemos fazer em casa! (as flores não contam, né gentchy?)


Jogo de chá de porcelana (da sograaaa) utilizado na composição da mesa de doces. Reparem com carinho na miniatura sobre a xícara! Não é um mimo?

Assim como o rolo de macarrão (foto acima), as colheres de pau também têm seu charme...

Jarras se tornam vasos.


Um imenso pote de vidro com bolachas amanteigadas personalizadas!  As convidadas podiam escolher entre deliciosas mini-tábuas de carne ou luvas térmicas para levarem para casa. (by Fernanda Duarte)




Forminhas diversificadas ajudaram a alegrar a mesa. Os trilhos foram confeccionados pela mamis, que cortou o tecido e fez a barrinha na máquina.

Mesa de madeira, adoroooooooo! Se tem uma, não cubra!

As tags personalizadas foram arte do cunhado (maridón meu) e impressas em copiadora. 

Vasinhos de kalanchoe (uma das mais baratinhas, mas muito lindinhas) para o centro das mesas. Cartão para mensagens e cartelinha de bingo, sempre uma diversão para as convidadas. Os posta-guardanapos são anéis em fitinhas de cetim com um pinguinho de cola na ponta.

As bandeirolas são sempre uma opção barata e charmosa! Usamos a mesma fonte das letras das tags como molde para confeccionar as letras das bandeirolas. Bolo verdadeiro em pasta americana (by Maria Helena Iba)

Abaixo da mesa de madeira podem ser colocadas algumas caixas e folhagens/buxinhos (olha eu me achando kkkkkkkkk). É isso, simples, mas com muito amor... sem dúvidas um dia especial!

Espero que tenham gostado... :)

domingo, 17 de novembro de 2013

Desmame noturno - parte II - missões abortadas

"Rái"

Para quem está chegando agora, a Parte I da missão desmame noturno começa AQUI

                                                                                           Fonte: google imagens


Começo o post de hoje com uma pergunta para as mamães experientes: Como escolher o último mamá (peito)?

Não tenho a resposta. E ainda não fui capaz de fazê-lo integralmente. Mas tenho uma teoria. O desmame é como aprender a andar. Você não nasce andando, primeiro engatinha para se locomover e mesmo após conseguir os primeiros passos, volta a engatinhar em alguns momentos, por algum tempo. Talvez o desmame também requeira algum tempo de treino, e só uma mãe muito segura do seu desejo, assim como o bebê seguro de suas capacidades psicomotoras, é capaz de fazê-o.

Bom, me recordo com mais exatidão de dois momentos ao longo de nossa vida de aleitamento materno onde me senti realmente muito cansada e tentada ao desmame noturno (nunca vislumbrei o desmame integral antes dos dois anos de vida) por influência da minha mãe (olha a vovó tirando o leitinho da boca da criança). Na época, aproveitamos uma visita sua (reside em outra cidade) para tentarmos um desmame noturno. Por que ela? Por que não tentei com o papai? Bom, porque minha mãe é um poço de acolhimento! Carinhosa, paciente, transbordante de amor pela netinha e sabia que ela acolheria os possíveis choros com muito zelo e amor. Já o papai, mesmo babão e amoroso, não tinha muita paciência com as reclamações e choros da madrugada, sabia que logo cederia a seus apelos. 

E assim fizemos por duas noites, as duas que minha mãe permaneceu em casa. Foi como imaginava, minha mãe acolhia seus choros acordando-a e mostrando algum outro estímulo até que ela adormece novamente mais calma. Foi perfeito, mas minha mãe teve que ir embora no terceiro dia, e adivinhem o que aconteceu? Papai com muito sono e sem muita paciência, logo levou ela até mim e disse: "chega disso, ela quer você". Assim terminou frustrada nossa primeira tentativa. Aceitei e constatei que seria capaz de levar adiante, já que as duas noites anteriores tinham me fornecido um belo descanso (dica para as mamães cansadas: tire uma folga!). 

Algum tempo depois, precisei fazer uma viagem de dois dias a trabalho (e aqui não considero uma tentativa de desmame). Tensão a mil, primeira separação. Maju tinha 1 ano e meio, amamentação a mil. Lá vou eu chorar para a mamis/vóvis nos socorrer. Ela, maravilhosa como sempre, guardou a chinelinha havaiana na mala e rumou para minha casa. Papai e vovó assumiram juntos a missão. Foi um momento muito difícil, primeira separação. Dois dias inteirinhos e duas noites! Evidente que a sombra do desmame abrupto forçado me abateu. Eu não queria, ela não queria, não era a hora. Então parti de viagem e deixei com coração partido o que tinha de mais importante. Resultado: uma "quase mastite" e dois dias de ordenha insana durante a viagem. A mente é mesmo poderosa, acredite! Quando retornei doidaaaaa de saudade, encontrei-a dormindo. Mal podia esperar para ver sua reação ao acordar. Quando abriu os olhos e me viu, se aninhou nos meus braços e logo pediu seu mamázinho, para meu alívio e das mamas doloridas! 

Bom, um tempo depois da viagem, passamos por um período de muita exigência noturna. Após após as 5h da manhã entrávamos em um ciclo de mamada contínua interminável que me deixou exausta. Eu não consegui identificar sua real demanda: dentes, dores, calor, frio?  Resolvi que queria o desmame noturno de uma vez por todas! Papai e eu conversamos e decidimos "peitar" a coisa juntos. O combinado era que, assim que ela acordasse seria acolhida por ele, que tentaria adormecê-la novamente. Resultado: papai pulou do bote já na segunda noite. Simplesmente o cansaço do dia impossibilitava que estivesse disponível para ela como deveria durante a madrugada. E a fatídica frase: "ela quer você" findava o processo, antes mesmo de começar. Aqui confesso que ficava "emputecida", cadê a Lei do Pai? (hehehe - riso amarelo). Frustrações à parte, a boa é que depois desse momento ela amenizou a busca (depois constatei que de fato surgiram dentes, seja esse o motivo ou não - entendores psi entenderão), e seguimos com a livre demanda habitual. Eu me sentindo renovada e disposta para continuar.

A amentação é feita de altos e baixos, momentos onde estamos mais disponíveis, tempos onde estamos menos. É como uma dança, que às vezes cansa fisicamente, mas muito prazerosa. Então um dia você acorda e imagina como seria praticar outro esporte/lazer tão prazeroso quanto, com o mesmo parceiro.

Continua... 


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Desmame noturno - Parte I (lá se vai mais um pedacinho de cordão)

Olá!

Eu já contei AQUI um pouco sobre nossa história de aleitamento materno/amamentação, dificuldades, facilidades e nossa expectativa de desmame a partir dos dois anos. Bom, os dois anos estão chegando, o desmame bateu em minha porta, e eu abri! Evidente que amamentar até os dois anos ou mais não era uma regra, mas sempre foi um desejo forte. Contudo, sabia desde o início que minhas convicções pessoais e profissionais eram fortes o suficiente para não me permitir o "ou mais" (de dois anos). Mas não fizemos planos, deixamos o coração guiar nesses 1 ano e 10 meses, ainda que a coisa se prolongasse...

Ocorre que, de uns tempos para cá, talvez uns dois meses, amamentar foi gradualmente adquirindo um gostinho diferente. Aquela disponibilidade interna absoluta, aquele prazer em estar ali, nutrindo física e psiquicamente através da amamentação foi adormecendo, e no lugar foi surgindo uma curiosidade, uma ponta de desejo de que a demanda dela pelo peito diminuísse. Em certos momentos, vislumbrei um mundo onde eu não mais amamentava a Maria Julia. Entranho, né? SQN! Eu chamo de natureza perfeita! Já disse que acredito no tempo de cada dupla (na verdade trio, né? Afinal, papai também faz parte dessa dança!), e o nosso tempo talvez estivesse chegando ao fim.

Evidente que foram semanas tortuosas, dúvidas, choros (de minha parte), insegurança...só as mães que valorizam a amamentação como eu entenderão a intensidade da dor que essa separação provoca. Como escolher o último mamá? Claro que a fofinha toda esperta, percebeu minha ansiedade e passou a me solicitar muito mais (peito, peito e mais peito!). Não queria forçar o desmame, mas sabia que minha expectativa de que, magicamente, um dia ela acordaria e não mais pediria o peito tinha grandes chances de fracasso. Da mesma forma, sei que jamais faria um desmame abrupto, desses onde deixamos a criança 3 dias chorando dias no berço, com a vó, tia, prima, seja lá quem for. Eu não seria capaz.


AMOR

O tempo foi passando e meu desconforto aumentando. Precisava decidir entre forçar a barra (para mim) ou ouvir a voz interna que me dizia que talvez seria o momento de começar a separação (relevem o cunho psicótico dessa afirmação, hehehe). Ademais, particularmente entendo como mais prejudicial a dupla mensagem da mãe que oferta o peito, mas internamente não está disposta a amamentar (apressa a criança, grita, tira o peito abruptamente e mantém humor irritado antes, durante ou depois de amamentar), do que o desmame planejado e gradual, realizado com carinho, com respeito e amor, muito amor!

Assim, aceitei esse sentimento crescente e essa verdade dentro de mim: eu já não estava mais tão disponível, especialmente no período da noite. Chegou o tempo de ouvir os sinais, de crescermos, ela e eu.  Sei que fiz o melhor que pude, peitando (literalmente)  as adversidades do dia (como lidar com a reação de pessoas na amamentação em público, arranjos de horário de trabalho, etc) e também as adversidades da noite (sono, sono, cansaço e mais sono). Faria tudo de novo. Faria com a mesma alegria, o mesmo amor, a mesma dedicação. Cada minuto valeu a pena.

Olho para traz feliz, inundada pelo sentimento de que foi especial, maravilhoso e único, assim me sinto fortalecida para avançarmos. Há 14 dias demos o primeiro passo, iniciamos o desmame noturno...

Continua... (ao melhor estilo seriado americano)


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Então o SONHO se realizou...

"Rélow, mamanhes"


Escrevi esse post há dois dias, quando azamigas próximas disseram: "Não publique que o olho gordo vai comer solto kkkkkkkkkkkkkkk!

Não, eu não estou grávida, não ganhei na mega, não mudei de emprego, não nada disso... a mega blaster novidade da semana é que Maria Julia finalmente (e EU) dormiu a noite inteira!!!!!!!! (Fogos, cornetas, trompetes, aplausos)

Vai dizer que filhote dormindo a noite inteira-inteirinha, não é o sonho de consumo de toda mãe? Bom, aconteceu comigo...isso não significa que se tornará um padrão, mas aconteceu e eu pude constatar que é bãooooooo demais dormir a noite inteira de novo! hahaha

Após 1 ano, 10 meses e 13 dias, Dona Maria Julia dormiu a noite inteirinha. Fiquei felizona! Dormiu às 20h, acordou as 22h, mamou e dormiu até 6h30 (quando acorda espontaneamente para ir à escola, motivo pelo qual optamos pela escola no período da manhã). Estávamos no 8º dia de desmame noturno, seguindo firmes e não tão fortes. Ela não mamou em nenhuma madrugada desde o dia 27 de outubro (aháaaaa, essa não tinha contado ainda! Logo venho explicar t-u-d-i-n-h-o.), mas essa foi a primeira que dormiu a noite toda. 

Olhando para trás, acredito que não posso reclamar de seu histórico noturno (isso porque a gente esquece, eu juro! Porque em algum lugar do meu pré-consciente habita a informação de que já me acabei em muitas madrugadas. Eu sinto isso! hahaha). Mesmo passando por períodos críticos aqui em casa, o saldo ainda é positivo (brincadeiras à parte, conheço realidades bem piores, afinal, a média é de duas acordadas entre 20/20h30 e 6/6h30). 

Acontece que durmo pouco, e quando durmo morro. Fato. Nosso maior problema aqui em casa nunca foi a quantidade de horas dormidas, mas o fato dela dormir muito cedo e eu muito tarde, então quando ela acorda a primeira vez na madruga estou naquele momento "Belo" Adormecida-quase-morta, e por conta disso, pouco disponível. Na segunda acordada estou naquele delicioso soninho do amanhecer, aquele que fazia a gente colocar o despertador mais 15 minutinhos antes de levantar para a escola quando era jovem, até a mãe vir e arrancar a gente da cama aos berros (mãe, você me causou traumas!). Ou seja, também é muito difícil despertar para amamentar nesse momento. Por isso aceitei a cama-semi-compartilhada, deixar que ela durma na minha cama a partir da primeira mamada (geralmente em torno das 1h30).

Hoje reconheço que se eu fosse esperta aproveitaria para dormir quando ela dorme (desde que nasceu) e certamente seria menos rabugenta hahaha. (essa, mãe amiga de primeira viagem, é uma dica que vale ouro! Não faça como, não vá para o facebook, ler ou arrumar a casa enquanto seu bebê dorme! Simplesmente D-U-R-M-A e aceite a realidade de que sua casa nunca mais terá a mesma arrumação de antes, a menos que tenha uma funcionária mensalista)

Finalizando, eu imploro pelamordedeusvirgemsantíssima: Não coloquem olho gordo! Não sintam inveja! Se minha filha acordar hoje a noite já sei de quem é a culpa! kkkkkkkkkkkk Oremos para que persista! Ah, e já são três noites seguidas sem acordar!

E eu ficarei aqui na torcida para que cada mãezinha cansada seja agraciada com essa benção! :)





sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é meu lugar...

Oi, oi, oi!

Recebam um tímido e envergonhado oi. Sumi sem dar satisfação, ameacei voltar e não o fiz...passei exatos 25 dias sem postar uma linha sequer, nem mesmo a comemoração do 5º mesversário fizemos. Fechamos outubro com um único e miserento post (chibatadas, mereço) :(

Enfim, me um tempo, uma espécie de férias bloguísticas... muita coisa aconteceu no último mês, sendo as mais significativas uma mudança de endereço, alguns compromissos de trabalho extra e uma viagem que me deixou uma semana fora de casa. Então o tempo apertou, o cansaço bateu e a preguiça dominou.

Eu poderia mentir dizendo que fiquei sem internet na casa nova (espertalhona!), mas foram só 4 dias... enfim, dava para ter escrito, sempre dá para escrever algo, algo que não necessite pequisa, algo de vivência, uma gracinha da Maju, por exemplo, que está cada vez mais engraçada e esperta...sempre dá se não deixarmos a avalanche carregar. Mas existem momentos onde precisamos reordenar a administração do nosso tempo, investir mais em determinadas coisas em detrimento de outras. No jogo de forças matrimonias, maternais e profissionais, quem perdeu foi o blog.

Fora as exigências da casa nova, a bebéia também exigiu muito da mamãe aqui. E ela sentiu, tanto a mudança quanto nossa ansiedade em todo o processo. Desmontamos o amado quartinho, encaixotamos seus brinquedos, alteramos sua rotina, bagunçamos sua casa (que ainda não está totalmente arrumada, a propósito)... uma mãe participativa e amorosa deu lugar a uma louca desvairada, maníaca por ordem e limpeza (que no final das contas não dá conta é de nada). E, em meio ao caos, foi incrivelmente fofo e significativo o primeiro acordar  na casa nova, onde ela observou o quarto e perguntou: "que isso?". Por outro lado intensificou alguns comportamentos "indesejados", mas esperados para a idade, na escola: mais birras e degustação (leia-se mordidas) de vários coleguinhas com seus dentinhos afiados, o que já está acalmando (espero).

Mas, voltando ao blog, o que mais me surpreendeu foram que os acessos continuaram a crescer durante minha ausência, quem acompanha o bloguitcho não desistiu dele! E certamente novos leitores chegaram, considerando os acessos. Ah, e tive muitas cobranças de amigos próximos para retomar a escrita... obrigada!

Então estou aqui, não prometo um retorno bombástico, ainda tenho muitas coisas para colocar em dia. Ademais, o cansaço permanece no meu encalço e a preguicinha continua me rondando...mas pretendo melhorar (de boas intensões o inferno está cheio, neam?), embora minha palavrinha não seja mais tão confiável (hehehe)

Aguardemos as cenas do próximo capítulo!




domingo, 6 de outubro de 2013

Abandono temporário



Só vim para dizer: brogue, não desista de mim, que eu não desisti de você!

Daqui uma semana estou de volta, prometo!

beijocas

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Coisas de mãe: aniversário infantil em casa - parte I


Depois de mostrar um pouquinho da festinha de primeiro aninho da gatinha (AQUI) e de passar um bom tempo com saudade dela bebéia depois de ver tantas fotos, bora agilizar a comemoração do segundo aninho.

Eu tenho ótimas lembranças das minhas festinhas de infância. Talvez por isso sempre gostei de  me envolver com esse tipo de preparação. Mas, sem dúvida alguma, preparar a festinha de um filho tem um sabor diferente, todos os nossos esforços se voltam para proporcionar um momento especial ao filhote amado e àqueles que nos prestigiarão.

Quando pensamos uma festa infantil temos que ter em mente dois aspectos (abusadjeeenha, metida a experiente): TEMPO e DINHEIRO. E mais: economia financeira é inversamente proporcional a economia de energia/tempo. Entendeu? Não? Tradução: fazer uma festa caseira (e aqui me refiro às festas inteiramente preparadas pela família, sem contratar serviços especializados, ainda que ocorra fora de casa) pode te fazer gastar menos, mas indubitavelmente vai te dar muito, muito mais trabalho. Afinal, se a organização já dá uma penca de trabalho, imagine a organização e execução.

Na verdade verdadeira, desde a última festa já tinha em mente que a próxima seria diferente. Parece ridículo, ou talvez seja, mas organizei o primeiro aninho já pensando no segundo. Uati?  Sim, a todo momento quis participar mais, queria me intrometer na decoração, nos detalhes, o que pode gerar muito desconforto com o prestador do serviço contratado (que novidade). E depois da dinherama que foi, gostei, mas não fiquei plenamente satisfeita com o resultado. Queria por a mão na massa, fazer eu mesma, mas meu tempo disponível para isso era curto, já que trabalho fora, administro casa, marido, filha e a mim mesma, que sozinha já me dou muita despesa (rs).

Então, como tínhamos um número maior de convidados, um espaço de lazer pequeno no condomínio e muita coisa para correr atrás, decidimos pela praticidade. Sim, com filho pequeno, trabalhando fora, sem retaguarda familiar na cidade de residência (tenho apenas uma cunhada aqui que trabalha tanto ou mais que eu) não era viável. Não tenho como negar que chegar na festa com tudo pronto também tem um tantão de bão. Tratei de me realizar fazendo os convites e a lembrancinhas, o que já foi bem trabalhoso, mas muito gratificante.

Esse ano a coisa será diferente. Eis os principais motivos que me fizeram optar por uma festa caseira:

1. Fiquei 'aguaaaada' de vontade de fazer aquelas festinhas mais caseiras, como de antigamente, quando nossa mãe arrumava tudo na garagem de casa, as amigas enchiam os balões, as tias faziam os doces, o pai buscava o bolo, e por aí vai... adoro uma formação de quadrilha! Adoro decorar, arrumar, inventar! (e isso não significa que tenha bom gosto, certo? Mas também não tenho tanto mal gosto, na verdade me 'falta-me' mais o dinheiro, 'gramour' eu até que tenho).

2. Outro motivo que me fez optar por uma festa caseira foi o financeiro. Em tempos de minimizar gastos (fizemos um compromisso financeiro alto recentemente e ainda precisamos nos adaptar a ele), uma festa caseira é bem mais em conta, entretanto, pode sair muito cara se nos deixarmos seduzir pela maravilhas oferecidas pelas casas de artigos para festas. Confesso que sempre que entro em alguma meus olhos brilham, a cabeça fervilha ideias e o bolso chora (hehehe). Então vou precisar de muita disciplina!

Aí você pergunta, mas esse ano terá mais tempo, parou de trabalhar? A resposta é não! Mas a empolgação é bem maior, o tamanho da festa menor, assim como a quantidade de dinheiro disponível para tal (hehehe). Deu para entender, né? Se espicha neguinha, porque essa é sua única alternativa no momento.

Chega de trololó materno e vamos a lista dos preparativos:


1. Decoração. Não acho que uma decoração que mais parece um casamento do que um aniversário infantil mega decoração seja necessária, meia dúzia de balões para estourar durante a festa faria a Maria Julia muito feliz. Mas é que eu gosto muito, muito mesmo da arrumação toda. Então, já estou providenciando algo simples, porém caprichadinho, tudo feito por mim, por eu, por mim de novo, e eu novamente! Tema escolhido: pássaros! Ela adora um "pipiu" e eu o charme e delicadeza dessas pequenas aves (aliás, estamos em um relacionamento sério com as aves, afinal o primeiro aninho foi recheados de galinhas!). Pretendo postar os detalhes, moldes, valores, tudo para auxiliar outras mamães inspiradas. Para dar um gostinho, aqui está o que já produzi até agora:

Letras e pássaros de feltro... by Mamãe Arteira (EU), formada pela escola internética googleana de belas artes! 

Ainda duvidosa: pintar de branco ou manter no cru? Ultimamente tenho preferido o cru, com alguns apliques de feltro...veremos! Ah, eu comprei as casinhas, minha capacidade produtiva não chegou nesse nível.

2. Estabelecer o número de convidados. Para mim o ponto mais difícil. Temos muitos amigos, pessoas que adoramos e gostaríamos de ter sempre conosco em um momento como esse. Mas temos a limitação do espaço. Simplesmente não cabe, nem no espaço físico, nem no bolso. Então 25 será o número aproximado. Prioridade: família e crianças.

2. Atrações. Ainda em fase de "matutação". Brinquedos ou brincadeiras? Cama-elástica pequena (se couber), desenhos, massinhas caseiras,...

3. Comida/bebida. Ainda em fase de "matutação". Muita dúvida entre o tradicional e o mais natural/saudável. O certo é que não teremos frituras, mas sem chance de não ter docinho. Gelatina e saladinha de frutas estão na lista.


É isso, a festa é dela, mas que se diverte (pelo menos por enquanto) sou eu! Será que estarei implorando pela comodidade de uma casa de festas especializada no ano que vem, será, será?  Ou mega feliz e satisfeita em realizar eu mesma uma festinha para minha fofinha? Ou os dois? (rs)

Ficarei feliz em receber sugestões!

Mãos a obra! :D



sábado, 21 de setembro de 2013

Coisas de mãe: o primeiro ano, a primeira festa - 1 aninho!


Buenas, pessoal! 

Olha eu aqui traveiz!

Todos os anos sofremos uma enxurrada de festa no mês de setembro, impressionante! Especialmente festas de crianças (mesmo quando ainda não tínhamos nossa fofinha). E foi em uma dessas festas, dias atrás, que me dei conta de que faltam apenas 3 meses para o aniversário de 2 aninhos da Maria Julia. Ãnnn??? Sim, exatos 3 meses!

Eu simplesmente A-M-O aniversário. E no meu coração não há qualquer possibilidade aniversário sem bolo e parabéns, especialmente se o aniversariante for criança. Especialmente se for a minha gatinha hehehe, que já está manifestando seu desejo por um parabéns todinho seu (AQUI).

Então, quando a realidade bateu a minha porta (e eu abri), decidi operacionalizar a coisa. Mas, antes de contar meus planos para esse ano, resolvi dividir um pouquinho da comemoração do seu primeiro aninho de vida, e relembrar com carinho e saudade, o primeiro de muitos que ainda estão por vir.


Escolhi o tema da cocó mais famosa do Brasil, claro. Mesmo assistindo relativamente pouco, Maria Julia se apaixonou à primeira vista pela Galinha Pintadinha. Como esse era o personagem que mais lhe era familiar e pelo qual ela demonstrava maior interesse, fomos certeiros na escolha!




Muitos docinhos, esse ano estou dividida entre uma festa açucarada ou mais natureba... 'difísssssel'!


Galinhas Pintadinhas em biscuit deram um charme ao brigadeiro de colher.


As bolachas decoradas da Fernanda Duarte fizeram o maior sucesso.

Reconhecendo o terreno.



A festinha foi simples, realizada em um buffet aqui em Maringá, e mesmo com muitos urubus muitas pessoas dizendo que festa de 1 ano é para adulto, que a criança não entende nada, não me arrependo nem um pouquinho. Afinal, a festa era para mim mesmo hahaha, quer pretexto melhor para reunir familiares e amigos (pessoas mais especiais de nossas vidas) do que comemorar o primeiro ano de vida da pessoinha mais importante de nossas vidas? Não entendo porque as pessoas têm tanto preconceito com festa de um ano. Dentre todos os argumentos (ainda que verdadeiros) de que a criança não entende, que cansa, que são muitos estímulos, etecetera  e tal, salvaram-se todos, inclusive e especialmente ela, que brincou o que pôde, mamou, não dormiu, e mesmo não entendendo o 'bejetivo' da coisa, foi paparicada, acarinhada, enfim, curtiu do jeito que lhe era possível e todos ficaram muito felizes. No fim da festa ela apagou e no outro dia estava inteira, pronta para outra. 












O primeiro Parabéns pra Você!



Será que foi divertido?



Estourando os balões no fim da festa!

Será que estava bom?


Agora o detalhe que me fez ainda mais feliz: confeccionei eu mesma as lembrancinhas! Sim, adoro artes/trabalhos manuais. Também fiz as lembrancinhas de nascimento e batizado da fofinha. Independentemente da ocasião, tenho uma espécie de ritual, no qual tenho que fazer alguma coisa com minhas próprias mãos. Definitivamente, aí reside mais uma das delícias da maternagem (que faço questão de aproveitar)  :)


Tudo feito por mim com o apoio do maridão, que fez a arte dos adesivos.



Caixinhas de ovos, afinal, trata-se de uma festa da Galinha Pintadinha.


Bom, só para adiantar, tendo em vista que já coloquei uma foteeenha no Instagram ontem, a festa do segundo aninho será em casa e toda realizada por mim (êeeeeeee) e ajudantes gratuitos (familiares e amigos). Sim, adoroooo! Por isso estou tãoooo empolgada! Já tinha contando AQUI (cozinha de papelão) e AQUI (árvore de feltro) que sou meio que "arteira" (amigas artesãs mais uma vez não se ofendam, please).

Então PRE-PARA, que logo vem post com os preparativos by me! :)


UPDATE: ops, esqueci de mencionar que os convites também foram feitos por mim! hehehe

Ovos de galinha surpresa na cestinha. As cestinhas vieram de Pernambuco. O convidado tinha que quebrar a casca para ter acesso ao convite que estava dentro do ovo.  


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Hoje é Dia de Maria {Julia} DE NOVO!: definitivamente, a semana dela!


Boa noite, gentem!

Comecei a escrever um post sobre aniversário, mas tive que interromper para contar dela, DE NOVO! Definitivamente essa é semana top da Maria Julia.

Conversando há pouco com a profª da fofinha, a querida Tati, recebi a notícia de que hoje durante o lanche, um coleguinha vomitou sobre a mesa. Ao lado dele quem estava? Ela, a "Majula", a espontânea! 

Contou a profª, que Maria Julia imediatamente virou para o lado e disse bem alto: "Ecaaaaa, que nojo!!!" kkkkkkkkkkkkk

Eu acredito, porque em casa ela sempre fala "eca" para uma sujeirinha, um lixinho, mas vômito foi a primeira vez até onde eu sei. Acredito até que é a primeira vez que ela vê alguém vomitar. 

Conclusão: nojo a vômito é algo inato. Eu não ensinei isso em casa. Ponto.



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Hoje é Dia de Maria {Julia}: ela e as palavras




Da série Maria Julia e as palavras:

1. Fala "bidadu"(obrigada) sempre que lhe damos algo;

2. Faz arte e diz: "ah, nãooooooooo" (com expressão facial de uma pobre inocente e olhando de rabinho de olho - pouco dramática?);

3. Ouviu eu dizendo ao pai "Veja se ela tem cocô" e respondeu: "não tem cocô" (Maior frase até o momento. Ah, e não tinha cocô mesmo!)

Mas a melhor descoberta dos últimos 15 dias foi:

Ela não "canta" mais parabéns para ninguém e nem bate palminhas durante a cantoria. Simplesmente faz cara de emocionada, meio envergonhada, como se o parabéns fosse para ela! E no final assopra uma vela imaginária e tudo! (sem ninguém dizer nada). Daí grita: "Viva!!! É pique!!!"


Só me resta dizer: "é mole??????????"


Ainnnnnn, vontade de amassar! Amooooooooooooooooooooooooooooooooooo :D


domingo, 15 de setembro de 2013

Hoje é dia de Maria {Julia}: a incrível arte de decifrar o indecifrável.



No auge de seus 1 ano, 8 meses e 24 dias, Maria Julia está mais tagarela do que nunca (óbvio). Passar o dia com "Majula" implica em estar com uma escuta disponível para um converserê sem fim, repleto de palavrinhas novas e tentativas de repetição do que falamos. É lindo, muito lindo! E também muito engraçado, porque nos aproveitamos para fazê-la repetir as palavras mais estranhas e difíceis, e então rimos muitoooooo! (pais maus) 

Entretanto, boa parte do discurso espontâneo é composto por um enrolation bebeístico, que te faz implorar por um baby dicionário ou um tradutor simultâneo.




A palavra indecifrável da semana foi "nopopodila" (que depois virou "nopodila"). Pensamos em algo como "não pode...(alguma coisa)". Mas, não chegamos a conclusão alguma. Verbalizava diversas vezes e ria muito. Quando o papai repetia então, ela se acabava em gargalhadas. Será que inverteu o jogo e estava 'tirando uma da nossa cara'? (filha má)

Será? Será? 



terça-feira, 10 de setembro de 2013

Empatia materna: por onde você anda?


Relaxa o ombro, se estica na cadeira, o post é longo...

Eu carrego algumas "crenças" (leia-se: saúde baseada em evidências científicas) maternísticas-bebísticas  que costumo defender com muita ênfase, como parto humanizado, parto normal em detrimento de cesárea eletiva, amamentação, alimentação saudável na infância (e ainda tenho esperança de adequar a minha, rs), bofete nos 'nana-nenê' da vida, enfim, costumo gastar grande parte do latim (que não falo) para justificar, explicar, desenhar, enfim, seja o que for, para que minha mensagem chegue até o alvo. Mas sempre me preocupei em fazê-lo de forma com que não ofendesse ou mesmo minimizasse a opinião de outrem. O que nem sempre dá certo, confesso. A carapuça às vezes serve em alguém, assim como me serve muitas vezes em tantas outras situações desse mundão de meu Deus. 

Tenhamos como exemplo, minha defesa pelo parto normal: não concordo com um nascimento agendado, com uma cesárea que é realizada fora do contexto do trabalho de parto ou que não tenha real indicação para ser realizada (especialmente esse status). Entretanto, não julgo quem faz essa escolha. Prefiro acreditar que a mulher que ainda pensa dessa forma não possui informação suficiente, desconhece as evidências científicas e faz uma opção (ou acredita que está optando) porque foi engolida pelo sistema. Ou, simplesmente não tem interesse em saber nada sobre. Ponto. Ponto final. Cada um cuida do seu terreiro. 

Participo de muito grupos/comunidades de rede social sobre alimentação consciente, parto humanizado, aleitamento materno, práticas pedagógicas, psicologia infantil, maternagem (grupos que se multiplicam e agregam novos membros numa velocidade avassaladora), enfim, áreas que me interessam, sempre buscando aprender um pouco mais, mas cada vez contribuindo menos, tendo em vista as diversas situações que tenho presenciado e que também já vivenciei no passado. A verdade é que a mensagem escrita nunca expressa os nossos verdadeiros sentimentos, a entonação de nossa voz, as ênfases que só a o discurso oral é capaz de contemplar. Assim, a real mensagem muitas vezes se perde ou é distorcida. Administrar isso é muito exaustivo. Gosto do olho no olho, de gesticular com as mãos, de fazer caras e bocas. (então por que diabos fui ter um blog? hahaha). Contudo, independentemente se é verbal oral ou verbal escrita, a palavra é poderosa!

Onde estou querendo chegar? Tenho me incomodado com a postura de algumas mães/mulheres nesses espaços coletivos virtuais que 'frequento'. Particularmente, entendo que esses espaços são valiosos, uma vez que são constituídos como mecanismos de ajuda ou auto-ajuda, como forma de compartilhar experiências, promover identificações, disseminar informações, enfim discussões capazes de auxiliar tentantes, gestantes, simpatizantes, mamães, vovós, papais, enfim, ajudar pessoas a lidarem melhor com as dificuldades e incertezas do dia-a-dia, especialmente no que concerne a chegada de uma nova vida ao mundo e a forma de conduzir seu crescimento de maneira saudável e feliz. Na minha humilde concepção, gestação, parto e criação de filhos, fazem parte de um campo muito delicado, onde todo amparo e acolhimento é bem vindo.

Mas o que eu tenho visto com frequências são espaços que, ao invés de promoverem o acolhimento (especialmente de mulheres/mães), se tornam espaços de apedrejamento, de julgamento, e assim, terminam de minar o pouco de auto-confiança que essas pessoas possuem em suas próprias capacidades. Confesso que ver mães postando suas perguntas e implorando para não ser maltratadas pela qualidade de suas dúvidas tem me chocado. E por favor, que os moderadores desses grupos não me entendam mal, muitos deles se esforçam para administrar a 'casa', muitos acolhem as dúvidas dos membros e se esforçam para administrar os conflitos. 

O que vejo muitas vezes é um grande carnaval, onde algumas mães desfilam seus sucessos e pisoteiam o suposto fracasso de outras mães. E isso envolve a mãe que é 'menas' porque fez cesárea, a mãe que é 'menas' porque não quis ou não conseguiu amamentar seu bebê, a mãe que é 'menas' porque não sabe se pode dar suco de caixinha para o bebê, enfim, um festival de julgamentos sem ao menos conhecer a história de cada um. Penso no impacto que isso pode ter sobre essas mães, que buscam o apoio das demais nas redes sociais. Na verdade, embora viciadjenha no Face, sempre questionei seu potencial gerador de angústia, visto que, na rede social o pasto do vizinho é sempre mais verde. Dificilmente você lê alguém expressando: "putz, acabei de perder o emprego", "tudo dá errado na minha vida", "meu parto não foi tão perfeito quanto a foto/vídeo editado mostra", "tenho dificuldade em amamentar", entre outros. Em contrapartida, nos esbaldamos em fotos de viagens, festas, partos perfeitos, gente bonita (maquiada e super produzida), mamães amamentando com a pega perfeita. É a revista CARAS dos "simples mortais"! Poucos são os que vão para as redes anunciar suas derrotas, promover reflexões, e quando o fazem, muitas vezes são oprimidos. Tendemos a esconder a sujeira embaixo do tapete, fato! (isso não é uma crítica à rede social, mas que apliquemos o crivo do real, não o do ideal)

Acredito que muita riqueza pode ser gerada a partir desses grupos virtuais. São espaços onde pessoas se encorajam para tirar suas dúvidas e minimizar um pouco sua ansiedade. Contudo é absurdamente frequente, após uma pergunta supostamente "estapafúrdia", seguir-se uma sucessão de respostas/comentários carregados de julgamentos (dentre alguns válidos, realmente acolhedores e esclarecedores), chacotas, quando não, algumas pessoas/mães fazem questão de pisotear o suposto fracasso alheio, exibindo seu suposto sucesso: "Noooossa, o meu fulaninho tem a idade do seu e já pesa X+X quilos, o seu só pesa X?" (resposta a uma mãe que pede ajuda por ter um filho abaixo do peso). Pasmem, ainda reforçam o sofrimento do outro! (Troféu mãe do ano aos montes) Respostas carregadas de soberba, embebidas em onipotência. Onde está a empatia materna? A sensibilidade humana? Quando pisotear foi mais importante do que estender a mão? Quando julgar o comportamento do outro foi mais importante do que oferecer informação? Recordemos Laura Gutman, quando menciona a experiência materna e um território (simbólico) onde circula uma afinidade essencial comum a toda mãe. (e oremos!). 

Isso tem me feito pensar muito, não quero ser como essas mães. Quando defendo uma causa, não significa que eu minimizo ou desvalorizo a causa do outro. Não quero ser a que (supostamente) está sempre certa. Eu erro, e muito. O que me tranquiliza é que erro tentando acertar, que eu erro com a expectativa de saber identificar meus erros e que eles me tragam algum aprendizado, e mais, que eles possam ser os pilares que sustentam os meus acertos. Que em nossa jornada compartilhada saibamos filtrar o que é útil e de fato possa nos ajudar.

Tempo de reflexões, virá amadurecimento? Espero que sim. 


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O 4º mesversário!


E assim, no finzinho do dia 09 de setembro de 2013, depois de uma semana sem post novo (sorry), passo por aqui para lembrá-los de que hoje comemoramos nosso 4º mês de vida!




Nos últimos 30 dias foram 13 novos posts (prometi aumentar a produção e cumpri! eeeeeeebaaa). Mas na última semana a coisa engatou marcha lenta... será que tenho algum bloqueio relacionado à semana em que fechamos o mês? Isso tem sido bem recorrente! Afffeeeeeeeee! Confesso que uma leve preguicinha se apoderou de meu ser, somado a isso o vuco-vuco do dia-a-dia, daí já viu, bloguitcho 'megabandonado'. :(

Ah, mas tenho uma novidade sendo organizada. Em breve, teremos.... tchanannnnnnnn!!! (supresinha à vista!)

bjuuuuuuuu


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Renascimento do Parto (o filme)... e da esperança!




Então eu fui assistir "O Renascimento do Parto - O Filme" ontem e ainda não consegui postar nada aqui a respeito. Eu ainda estou, sei lá, em transe, em estado de contemplação, em... não sei (algo muitooo bom)  

Antes de o filme começar disse para o marido que foi junto: "quero que você assista para saber o que se passa no meu coração, para que finalmente entenda porque eu chorei tanto o parto que eu não tive".  Fomos. E a cada minuto de filme sentia que alguém no mundo me entendia, ou melhor, alguns muitos! Muitos profissionais incríveis que souberam destrinchar tudo, tudo o que eu acredito e sempre acreditei em 90 minutos de filme. Muitos casos como o meu, muitos depoimentos emocionantes. Tudo o que eu sempre soube e não conseguia nomear... foi lindo, foi especial.

E eu digo com o coração transbordando: assista! Não importa se você não quer ter filhos, se você é homem, se prefere cesárea, se acha que parto é coisa de bicho, que já teve todos os filhos que gostaria, enfim, simplesmente se dê esse presente e assista! Não perca a oportunidade de sentir a importância e a magnitude do nascimento. 

O filme não é uma disputa cesárea X parto normal. É muito, muito maior do que isso! É gigantesco, é amor, é futuro, é humanidade, é empoderamento! É informação, nossa única arma! Você, mulher, precisa conhecer a nossa realidade obstétrica, precisa estar ciente de todo tipo de violência a que está sujeita desde o início de um pré-natal até o momento do nascimento, seja via parto normal ou cesárea. E também todos os mitos que podem frustar o seu sonho. Da mesma forma, precisa entender melhor o contexto do nascimento e também as possibilidades de violência a que seu bebê está sujeito.

Você, pai, precisa estar junto, precisa apoiar sua mulher, precisa amparar a mãe do seu fillho e defender a sua escolha. Juntos são mais fortes do que o sistema.Vocês, pais, precisam se informar para então decidir e lutar para fazer valer o seu desejo, e então viver um momento lindo e transformador em toda a sua plenitude. 

Já fiz essa pergunta no blog e repito: que tipo de nascimento quer proporcionar a seu filho? Como deseja que ele chegue ao mundo? Se não tem a resposta: ASSISTA! E prepare-se para se emocionar, sentir raiva, frustração, revolta, compaixão, ternura, esperança. Prepare-se para compreender a essência da expressão "humanização do parto".

E no final marido emocionado olhou nos meus olhos e disse: “agora eu entendo e no futuro vai ser diferente”. (sem contar os inúmeros carinhos que dedicou à fofinha que dormia no meu colo durante o filme). Senti esperança, por mim, por todas nós...mulheres!

Ah, e se você é profssional de saúde tem o dever de assistir e refletir sobre sua prática.

Em Maringá/PR, o filme fica em cartaz no Cineflix Maringá Park até quinta-feira 05/09 (16h – 20h) e no Circuito Cinemas - Shopping Cidade/BIG (22h). Eu não ganho nada divulgando. Você certamente ganhará muito assistindo. 
Para saber mais acesse: http://www.orenascimentodoparto.com.br/ 





sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MÃEtessoriando: o quarto da Maju e o método Montessori.


De tempos em tempos, menciono em algum post meu encantamento pela Pedagogia Montessoriana e o meu desejo de que tivéssemos uma escola Montessoriana por aqui. E faz tempo que prometo um texto a respeito. Antes de mais nada quero ressaltar que sou psicóloga, não pedagoga. Também não estudei ou estudo profundamente sua teoria. Faço algumas leituras eventualmente, numa frequência muito menor do que gostaria. Freud escreveu a Maria Montessori manifestando apreço por seu trabalho (mais um ponto para ela!). Então, timidamente, vou adentrando nesse universo maravilhoso...

Hoje quero contar sobre as transformações que realizamos no quarto da Maria Julia há 6 meses. Essencialmente, o preparo do ambiente montessoriano, implica em adotarmos o ponto de vista da criança/bebê, para então construirmos um espaço que atenda às suas necessidades e permita a exploração dos sentidos em liberdade. Assim, aos poucos, vamos realizando as modificações necessárias nos ambientes de casa.

O lar montessoriano é uma fonte inesgotável de estímulos que podem ser utilizados para refinar os sentidos (simplesmente com os recursos da própria casa!). Mas, a verdade é que quando pensamos o quarto de nossos filhos, acabamos por construir um mundo de gigantes, que facilita a nossa vida e não a deles. Assim, numa perspectiva montessoriana, a mobília deve ser compatível com o tamanho da criança e os materiais dispostos de forma que possam ser utilizados por ela. 

Comecei relativamente tarde. Quando conheci a o método (durante a gestação, pequisando quartos de bebê na net), já havíamos idealizado um quarto tradicional de bebê e quando me encorajei para a mudança, ela já tinha 1 ano e 2 meses. Então, tínhamos um espaço pequeno, tomado por uma cômoda, armário para roupas e berço, ou seja, o oposto da proposta, que prima por um ambiente minimalista, com pouca mobília (mas de qualidade) e espaço para se mover e brincar livremente. Assim, fizemos as adaptações possíveis e o tornamos um quarto de inspiração montessoriana, que também vem se transformando à medida que ela cresce e seus interesses e necessidades estão se modificando. Esse é o quarto da Maria Julia hoje, com 1 ano e 8 meses.


A cama

As placas de EVA ajudavam a prevenir possíveis quedas (que nunca ocorreram) quando menorzinha. Durante a noite, utilizávamos almofadas em torno da cama.  Hoje, ajudam a limitar o espaço da brincadeira e a isolar o piso frio.


Uma das principais características de um quarto montessoriano é ausência de berço. A criança/bebê precisa ter liberdade para subir ou descer de sua cama quando desejar, ter livre acesso ao quarto, assim muitas famílias adotam o colchão no chão (sobre estrado ou placas de EVA para isolar do contato com o piso frio). Aqui decidimos cortar as pernas do berço, o que não me arrependo nem um pouquinho. Essa novidade simplesmente aboliu o choro noturno de nossas vidas, já que, quando acordava na madrugada, chorava para ser "resgatada", e após a mudança, acorda e vai direto ao nosso encontro. Admito que é muito difícil nos desprendermos da visão de que o bebê necessita de um berço, mas esse é totalmente dispensável se formos capazes de proporcionar um ambiente seguro para o bebê explorar. 


Os brinquedos

Brinquedos educativos na parte de cima, material de jardinagem e 'instrumentos musicais"(precisamos aprimorar esse item). As duas bonequinhas preferidas, que estavam passeando no momento da foto, são os únicos itens que não passam pelo rodízio. Sempre que possível, priorizamos os brinquedos de madeira.


Os brinquedos devem estar acessíveis ao dono! Esses nichos estavam inutilizados em casa e aproveitamos para criar uma estante de brinquedos na altura dela. Antes, os brinquedos ficavam depositados em uma piscina inflável no canto da sala ou em uma caixa dentro do armário, sendo que ela simplesmente passava dias sem brincar com nada, sua atenção se voltava apenas aos objetos da casa. Após a organização dos brinquedos, estes se tonaram-se mais interessantes, especialmente porque fazemos rodízio a cada 15 dias. Dentro da proposta montessoriana, devem ser poucos brinquedos e separados por classificação.


Cantinho para leitura, música e mesa de atividades

Painel de atividades (busy board) pode ser feito em casa: estímulo a coordenação motora, concentração, desenvolve os sentidos e trabalha atividades da vida prática.

Esse armarinho foi adquirido um tempo depois da adaptação. Acabou ocupando mais espaço em um quarto que já é pequeno, mas melhorou a organização de brinquedos que ela gosta.


Outro elemento importante é a mesa de atividades (preferencialmente de madeira), que propicia senso de organização, concentração na atividade e coordenação motora. Ao fundo, um painel de metal onde brincamos com diferentes estímulos visuais e táteis: letras, números, cards com animais, etc. Na pequena estante, os livrinhos para leitura (fundamentais) e mais alguns brinquedinhos menores separados por categoria: blocos de montar, bolas, utensílios domésticos e animais. Os livros são essenciais, mesmo que ainda não seja capaz de ler. O simples manuseio já é estímulo suficiente. Abrir, fechar, virar as páginas, ver a figuras, sentir as texturas (e até rasgar uma paginazinha de vez em quando)...Maju adora seus livros!






Cantinho para a música sempre disponível. Também providenciamos ganchos na altura da Maju para pendurar casaco e bolsa de passeio. (Aproveitamos a lateral da cômoda, já que não tínhamos como nos desfazer dela). A ideia é manter os objetos de seu interesse e uso sempre ao alcance dos olhos e das mãos. 
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Vestir, auto-cuidado e auto-estima


Camisetinhas e vestido. 


No cestinho shorts, calcinha e meia. 


Novamente potencializamos a utilização da cômoda. Buscando incentivar sua autonomia, auto-cuidado e prepará-la para ações do cotidiano, utilizamos a porta para criar um espaço onde algumas pecinhas de roupa e sapatos ficam disponíveis, de forma que ela possa manusear e treinar a habilidade para se vestir sozinha no futuro (coordenação motora ampla e fina). Ela simplesmente adora esse espaço. Entra e sai, tenta calçar os sapatos, uma festa! Esses itens também passam por rodízio de tempos em tempos.



O espelho é um importante estímulo visual, favorece à criança conhecer o seu corpo, seus movimentos, bem como a diferenciação com a mãe e os demais. Para os bebês o rosto humano é sempre muito bem-vindo.





Como a Maria Julia já andava quando fizemos as adaptações, não chegamos a utilizar barra na parede e nem o espelho na horizontal. Novamente por falta de espaço, afixamos o espelho na porta do armário e penduramos uma amiguinha centopeia que "segura" seus acessórios e pentinho, para que ela possa se pentear, cuidar de si, de sua auto-etima. No cantinho ficam suas "ferramentas", vassoura estimular a organização e limpeza (que ainda sobram para a mamãe e papai, com pequenas iniciativas de organização por parte dela)


Outros estímulos





As fotos também são bem vindas no ambiente montessoriano. Aqui, o objetivo era que favorecer o contato com os familiares e a se perceber enquanto sujeito. Detalhe: árvore genealógica feita pela mamãe! As maçãs possuem aplique em velcro para que ela possa tirar e colocar os parentes onde desejar (rá!). Quadros, mural de fotos, adesivos, enfim tudo é válido se disposto na altura dos olhos da criança, para que ela, principal interessada, possa apreciar. Para os bebês a existência de móbiles montessorianos (formas geométricas coloridas) é fundamental. O cesto dos tesouros é outro recurso interessante para estimular os sentidos, assim como a caixa sensorial (temas para outros posts). 

Cesto dos tesouros: utensílios da casa.
    
Caixa sensorial: gelatina e brinquedos




Bom, impossível retratar toda a riqueza do universo montessoriano em um único post. Tentando ser bem sintética saiu um post desse tamanhão! Esse é o primeiro de muitos, espero. Ainda temos outras adaptações para mostrar e também atividades sensoriais e de vida prática (nossas áreas do conhecimento preferidas até então - Áreas do conhecimento: sensorial, vida prática, matemática, linguagem, ciências e cultura).

Importante ressaltar que cada criança tem o seu tempo e a nossa intenção é favorecer seu desenvolvimento, e não forçá-la a adquirir habilidades para as quais não está pronta. O quarto foi sofrendo algumas alterações conforme foi crescendo, objetivando sempre estimular os sentidos, para que ela possa refiná-los conforme sua maturação aconteça. Não temos pressa, isso não é uma competição. Isso é amor, é proporcionar um lar onde as coisas também foram pensadas sob a perspectiva dela. Por muito tempo me incomodei com o fato de que seu quarto era um local onde entrava apenas para trocar as fraldas e dormir. Hoje é realmente um espaço de brincar!



Para quem se interessou pelo tema, recomendo os blogs:

Lar Montessori: http://larmontessori.com/

E também o grupo "Montessori para Mamães" no Facebook, que é incrível, com muita, muita, muita informação sobre o método e ainda troca de experiências entre famílias adeptas. No grupo você encontra muitas fotos para se inspirar, e como o assunto é o quarto da criança, muita informação e imagens de quartos para bebês menores.

Até a próxima! :D