quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Coisas de mãe: aniversário infantil em casa - parte I


Depois de mostrar um pouquinho da festinha de primeiro aninho da gatinha (AQUI) e de passar um bom tempo com saudade dela bebéia depois de ver tantas fotos, bora agilizar a comemoração do segundo aninho.

Eu tenho ótimas lembranças das minhas festinhas de infância. Talvez por isso sempre gostei de  me envolver com esse tipo de preparação. Mas, sem dúvida alguma, preparar a festinha de um filho tem um sabor diferente, todos os nossos esforços se voltam para proporcionar um momento especial ao filhote amado e àqueles que nos prestigiarão.

Quando pensamos uma festa infantil temos que ter em mente dois aspectos (abusadjeeenha, metida a experiente): TEMPO e DINHEIRO. E mais: economia financeira é inversamente proporcional a economia de energia/tempo. Entendeu? Não? Tradução: fazer uma festa caseira (e aqui me refiro às festas inteiramente preparadas pela família, sem contratar serviços especializados, ainda que ocorra fora de casa) pode te fazer gastar menos, mas indubitavelmente vai te dar muito, muito mais trabalho. Afinal, se a organização já dá uma penca de trabalho, imagine a organização e execução.

Na verdade verdadeira, desde a última festa já tinha em mente que a próxima seria diferente. Parece ridículo, ou talvez seja, mas organizei o primeiro aninho já pensando no segundo. Uati?  Sim, a todo momento quis participar mais, queria me intrometer na decoração, nos detalhes, o que pode gerar muito desconforto com o prestador do serviço contratado (que novidade). E depois da dinherama que foi, gostei, mas não fiquei plenamente satisfeita com o resultado. Queria por a mão na massa, fazer eu mesma, mas meu tempo disponível para isso era curto, já que trabalho fora, administro casa, marido, filha e a mim mesma, que sozinha já me dou muita despesa (rs).

Então, como tínhamos um número maior de convidados, um espaço de lazer pequeno no condomínio e muita coisa para correr atrás, decidimos pela praticidade. Sim, com filho pequeno, trabalhando fora, sem retaguarda familiar na cidade de residência (tenho apenas uma cunhada aqui que trabalha tanto ou mais que eu) não era viável. Não tenho como negar que chegar na festa com tudo pronto também tem um tantão de bão. Tratei de me realizar fazendo os convites e a lembrancinhas, o que já foi bem trabalhoso, mas muito gratificante.

Esse ano a coisa será diferente. Eis os principais motivos que me fizeram optar por uma festa caseira:

1. Fiquei 'aguaaaada' de vontade de fazer aquelas festinhas mais caseiras, como de antigamente, quando nossa mãe arrumava tudo na garagem de casa, as amigas enchiam os balões, as tias faziam os doces, o pai buscava o bolo, e por aí vai... adoro uma formação de quadrilha! Adoro decorar, arrumar, inventar! (e isso não significa que tenha bom gosto, certo? Mas também não tenho tanto mal gosto, na verdade me 'falta-me' mais o dinheiro, 'gramour' eu até que tenho).

2. Outro motivo que me fez optar por uma festa caseira foi o financeiro. Em tempos de minimizar gastos (fizemos um compromisso financeiro alto recentemente e ainda precisamos nos adaptar a ele), uma festa caseira é bem mais em conta, entretanto, pode sair muito cara se nos deixarmos seduzir pela maravilhas oferecidas pelas casas de artigos para festas. Confesso que sempre que entro em alguma meus olhos brilham, a cabeça fervilha ideias e o bolso chora (hehehe). Então vou precisar de muita disciplina!

Aí você pergunta, mas esse ano terá mais tempo, parou de trabalhar? A resposta é não! Mas a empolgação é bem maior, o tamanho da festa menor, assim como a quantidade de dinheiro disponível para tal (hehehe). Deu para entender, né? Se espicha neguinha, porque essa é sua única alternativa no momento.

Chega de trololó materno e vamos a lista dos preparativos:


1. Decoração. Não acho que uma decoração que mais parece um casamento do que um aniversário infantil mega decoração seja necessária, meia dúzia de balões para estourar durante a festa faria a Maria Julia muito feliz. Mas é que eu gosto muito, muito mesmo da arrumação toda. Então, já estou providenciando algo simples, porém caprichadinho, tudo feito por mim, por eu, por mim de novo, e eu novamente! Tema escolhido: pássaros! Ela adora um "pipiu" e eu o charme e delicadeza dessas pequenas aves (aliás, estamos em um relacionamento sério com as aves, afinal o primeiro aninho foi recheados de galinhas!). Pretendo postar os detalhes, moldes, valores, tudo para auxiliar outras mamães inspiradas. Para dar um gostinho, aqui está o que já produzi até agora:

Letras e pássaros de feltro... by Mamãe Arteira (EU), formada pela escola internética googleana de belas artes! 

Ainda duvidosa: pintar de branco ou manter no cru? Ultimamente tenho preferido o cru, com alguns apliques de feltro...veremos! Ah, eu comprei as casinhas, minha capacidade produtiva não chegou nesse nível.

2. Estabelecer o número de convidados. Para mim o ponto mais difícil. Temos muitos amigos, pessoas que adoramos e gostaríamos de ter sempre conosco em um momento como esse. Mas temos a limitação do espaço. Simplesmente não cabe, nem no espaço físico, nem no bolso. Então 25 será o número aproximado. Prioridade: família e crianças.

2. Atrações. Ainda em fase de "matutação". Brinquedos ou brincadeiras? Cama-elástica pequena (se couber), desenhos, massinhas caseiras,...

3. Comida/bebida. Ainda em fase de "matutação". Muita dúvida entre o tradicional e o mais natural/saudável. O certo é que não teremos frituras, mas sem chance de não ter docinho. Gelatina e saladinha de frutas estão na lista.


É isso, a festa é dela, mas que se diverte (pelo menos por enquanto) sou eu! Será que estarei implorando pela comodidade de uma casa de festas especializada no ano que vem, será, será?  Ou mega feliz e satisfeita em realizar eu mesma uma festinha para minha fofinha? Ou os dois? (rs)

Ficarei feliz em receber sugestões!

Mãos a obra! :D



sábado, 21 de setembro de 2013

Coisas de mãe: o primeiro ano, a primeira festa - 1 aninho!


Buenas, pessoal! 

Olha eu aqui traveiz!

Todos os anos sofremos uma enxurrada de festa no mês de setembro, impressionante! Especialmente festas de crianças (mesmo quando ainda não tínhamos nossa fofinha). E foi em uma dessas festas, dias atrás, que me dei conta de que faltam apenas 3 meses para o aniversário de 2 aninhos da Maria Julia. Ãnnn??? Sim, exatos 3 meses!

Eu simplesmente A-M-O aniversário. E no meu coração não há qualquer possibilidade aniversário sem bolo e parabéns, especialmente se o aniversariante for criança. Especialmente se for a minha gatinha hehehe, que já está manifestando seu desejo por um parabéns todinho seu (AQUI).

Então, quando a realidade bateu a minha porta (e eu abri), decidi operacionalizar a coisa. Mas, antes de contar meus planos para esse ano, resolvi dividir um pouquinho da comemoração do seu primeiro aninho de vida, e relembrar com carinho e saudade, o primeiro de muitos que ainda estão por vir.


Escolhi o tema da cocó mais famosa do Brasil, claro. Mesmo assistindo relativamente pouco, Maria Julia se apaixonou à primeira vista pela Galinha Pintadinha. Como esse era o personagem que mais lhe era familiar e pelo qual ela demonstrava maior interesse, fomos certeiros na escolha!




Muitos docinhos, esse ano estou dividida entre uma festa açucarada ou mais natureba... 'difísssssel'!


Galinhas Pintadinhas em biscuit deram um charme ao brigadeiro de colher.


As bolachas decoradas da Fernanda Duarte fizeram o maior sucesso.

Reconhecendo o terreno.



A festinha foi simples, realizada em um buffet aqui em Maringá, e mesmo com muitos urubus muitas pessoas dizendo que festa de 1 ano é para adulto, que a criança não entende nada, não me arrependo nem um pouquinho. Afinal, a festa era para mim mesmo hahaha, quer pretexto melhor para reunir familiares e amigos (pessoas mais especiais de nossas vidas) do que comemorar o primeiro ano de vida da pessoinha mais importante de nossas vidas? Não entendo porque as pessoas têm tanto preconceito com festa de um ano. Dentre todos os argumentos (ainda que verdadeiros) de que a criança não entende, que cansa, que são muitos estímulos, etecetera  e tal, salvaram-se todos, inclusive e especialmente ela, que brincou o que pôde, mamou, não dormiu, e mesmo não entendendo o 'bejetivo' da coisa, foi paparicada, acarinhada, enfim, curtiu do jeito que lhe era possível e todos ficaram muito felizes. No fim da festa ela apagou e no outro dia estava inteira, pronta para outra. 












O primeiro Parabéns pra Você!



Será que foi divertido?



Estourando os balões no fim da festa!

Será que estava bom?


Agora o detalhe que me fez ainda mais feliz: confeccionei eu mesma as lembrancinhas! Sim, adoro artes/trabalhos manuais. Também fiz as lembrancinhas de nascimento e batizado da fofinha. Independentemente da ocasião, tenho uma espécie de ritual, no qual tenho que fazer alguma coisa com minhas próprias mãos. Definitivamente, aí reside mais uma das delícias da maternagem (que faço questão de aproveitar)  :)


Tudo feito por mim com o apoio do maridão, que fez a arte dos adesivos.



Caixinhas de ovos, afinal, trata-se de uma festa da Galinha Pintadinha.


Bom, só para adiantar, tendo em vista que já coloquei uma foteeenha no Instagram ontem, a festa do segundo aninho será em casa e toda realizada por mim (êeeeeeee) e ajudantes gratuitos (familiares e amigos). Sim, adoroooo! Por isso estou tãoooo empolgada! Já tinha contando AQUI (cozinha de papelão) e AQUI (árvore de feltro) que sou meio que "arteira" (amigas artesãs mais uma vez não se ofendam, please).

Então PRE-PARA, que logo vem post com os preparativos by me! :)


UPDATE: ops, esqueci de mencionar que os convites também foram feitos por mim! hehehe

Ovos de galinha surpresa na cestinha. As cestinhas vieram de Pernambuco. O convidado tinha que quebrar a casca para ter acesso ao convite que estava dentro do ovo.  


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Hoje é Dia de Maria {Julia} DE NOVO!: definitivamente, a semana dela!


Boa noite, gentem!

Comecei a escrever um post sobre aniversário, mas tive que interromper para contar dela, DE NOVO! Definitivamente essa é semana top da Maria Julia.

Conversando há pouco com a profª da fofinha, a querida Tati, recebi a notícia de que hoje durante o lanche, um coleguinha vomitou sobre a mesa. Ao lado dele quem estava? Ela, a "Majula", a espontânea! 

Contou a profª, que Maria Julia imediatamente virou para o lado e disse bem alto: "Ecaaaaa, que nojo!!!" kkkkkkkkkkkkk

Eu acredito, porque em casa ela sempre fala "eca" para uma sujeirinha, um lixinho, mas vômito foi a primeira vez até onde eu sei. Acredito até que é a primeira vez que ela vê alguém vomitar. 

Conclusão: nojo a vômito é algo inato. Eu não ensinei isso em casa. Ponto.



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Hoje é Dia de Maria {Julia}: ela e as palavras




Da série Maria Julia e as palavras:

1. Fala "bidadu"(obrigada) sempre que lhe damos algo;

2. Faz arte e diz: "ah, nãooooooooo" (com expressão facial de uma pobre inocente e olhando de rabinho de olho - pouco dramática?);

3. Ouviu eu dizendo ao pai "Veja se ela tem cocô" e respondeu: "não tem cocô" (Maior frase até o momento. Ah, e não tinha cocô mesmo!)

Mas a melhor descoberta dos últimos 15 dias foi:

Ela não "canta" mais parabéns para ninguém e nem bate palminhas durante a cantoria. Simplesmente faz cara de emocionada, meio envergonhada, como se o parabéns fosse para ela! E no final assopra uma vela imaginária e tudo! (sem ninguém dizer nada). Daí grita: "Viva!!! É pique!!!"


Só me resta dizer: "é mole??????????"


Ainnnnnn, vontade de amassar! Amooooooooooooooooooooooooooooooooooo :D


domingo, 15 de setembro de 2013

Hoje é dia de Maria {Julia}: a incrível arte de decifrar o indecifrável.



No auge de seus 1 ano, 8 meses e 24 dias, Maria Julia está mais tagarela do que nunca (óbvio). Passar o dia com "Majula" implica em estar com uma escuta disponível para um converserê sem fim, repleto de palavrinhas novas e tentativas de repetição do que falamos. É lindo, muito lindo! E também muito engraçado, porque nos aproveitamos para fazê-la repetir as palavras mais estranhas e difíceis, e então rimos muitoooooo! (pais maus) 

Entretanto, boa parte do discurso espontâneo é composto por um enrolation bebeístico, que te faz implorar por um baby dicionário ou um tradutor simultâneo.




A palavra indecifrável da semana foi "nopopodila" (que depois virou "nopodila"). Pensamos em algo como "não pode...(alguma coisa)". Mas, não chegamos a conclusão alguma. Verbalizava diversas vezes e ria muito. Quando o papai repetia então, ela se acabava em gargalhadas. Será que inverteu o jogo e estava 'tirando uma da nossa cara'? (filha má)

Será? Será? 



terça-feira, 10 de setembro de 2013

Empatia materna: por onde você anda?


Relaxa o ombro, se estica na cadeira, o post é longo...

Eu carrego algumas "crenças" (leia-se: saúde baseada em evidências científicas) maternísticas-bebísticas  que costumo defender com muita ênfase, como parto humanizado, parto normal em detrimento de cesárea eletiva, amamentação, alimentação saudável na infância (e ainda tenho esperança de adequar a minha, rs), bofete nos 'nana-nenê' da vida, enfim, costumo gastar grande parte do latim (que não falo) para justificar, explicar, desenhar, enfim, seja o que for, para que minha mensagem chegue até o alvo. Mas sempre me preocupei em fazê-lo de forma com que não ofendesse ou mesmo minimizasse a opinião de outrem. O que nem sempre dá certo, confesso. A carapuça às vezes serve em alguém, assim como me serve muitas vezes em tantas outras situações desse mundão de meu Deus. 

Tenhamos como exemplo, minha defesa pelo parto normal: não concordo com um nascimento agendado, com uma cesárea que é realizada fora do contexto do trabalho de parto ou que não tenha real indicação para ser realizada (especialmente esse status). Entretanto, não julgo quem faz essa escolha. Prefiro acreditar que a mulher que ainda pensa dessa forma não possui informação suficiente, desconhece as evidências científicas e faz uma opção (ou acredita que está optando) porque foi engolida pelo sistema. Ou, simplesmente não tem interesse em saber nada sobre. Ponto. Ponto final. Cada um cuida do seu terreiro. 

Participo de muito grupos/comunidades de rede social sobre alimentação consciente, parto humanizado, aleitamento materno, práticas pedagógicas, psicologia infantil, maternagem (grupos que se multiplicam e agregam novos membros numa velocidade avassaladora), enfim, áreas que me interessam, sempre buscando aprender um pouco mais, mas cada vez contribuindo menos, tendo em vista as diversas situações que tenho presenciado e que também já vivenciei no passado. A verdade é que a mensagem escrita nunca expressa os nossos verdadeiros sentimentos, a entonação de nossa voz, as ênfases que só a o discurso oral é capaz de contemplar. Assim, a real mensagem muitas vezes se perde ou é distorcida. Administrar isso é muito exaustivo. Gosto do olho no olho, de gesticular com as mãos, de fazer caras e bocas. (então por que diabos fui ter um blog? hahaha). Contudo, independentemente se é verbal oral ou verbal escrita, a palavra é poderosa!

Onde estou querendo chegar? Tenho me incomodado com a postura de algumas mães/mulheres nesses espaços coletivos virtuais que 'frequento'. Particularmente, entendo que esses espaços são valiosos, uma vez que são constituídos como mecanismos de ajuda ou auto-ajuda, como forma de compartilhar experiências, promover identificações, disseminar informações, enfim discussões capazes de auxiliar tentantes, gestantes, simpatizantes, mamães, vovós, papais, enfim, ajudar pessoas a lidarem melhor com as dificuldades e incertezas do dia-a-dia, especialmente no que concerne a chegada de uma nova vida ao mundo e a forma de conduzir seu crescimento de maneira saudável e feliz. Na minha humilde concepção, gestação, parto e criação de filhos, fazem parte de um campo muito delicado, onde todo amparo e acolhimento é bem vindo.

Mas o que eu tenho visto com frequências são espaços que, ao invés de promoverem o acolhimento (especialmente de mulheres/mães), se tornam espaços de apedrejamento, de julgamento, e assim, terminam de minar o pouco de auto-confiança que essas pessoas possuem em suas próprias capacidades. Confesso que ver mães postando suas perguntas e implorando para não ser maltratadas pela qualidade de suas dúvidas tem me chocado. E por favor, que os moderadores desses grupos não me entendam mal, muitos deles se esforçam para administrar a 'casa', muitos acolhem as dúvidas dos membros e se esforçam para administrar os conflitos. 

O que vejo muitas vezes é um grande carnaval, onde algumas mães desfilam seus sucessos e pisoteiam o suposto fracasso de outras mães. E isso envolve a mãe que é 'menas' porque fez cesárea, a mãe que é 'menas' porque não quis ou não conseguiu amamentar seu bebê, a mãe que é 'menas' porque não sabe se pode dar suco de caixinha para o bebê, enfim, um festival de julgamentos sem ao menos conhecer a história de cada um. Penso no impacto que isso pode ter sobre essas mães, que buscam o apoio das demais nas redes sociais. Na verdade, embora viciadjenha no Face, sempre questionei seu potencial gerador de angústia, visto que, na rede social o pasto do vizinho é sempre mais verde. Dificilmente você lê alguém expressando: "putz, acabei de perder o emprego", "tudo dá errado na minha vida", "meu parto não foi tão perfeito quanto a foto/vídeo editado mostra", "tenho dificuldade em amamentar", entre outros. Em contrapartida, nos esbaldamos em fotos de viagens, festas, partos perfeitos, gente bonita (maquiada e super produzida), mamães amamentando com a pega perfeita. É a revista CARAS dos "simples mortais"! Poucos são os que vão para as redes anunciar suas derrotas, promover reflexões, e quando o fazem, muitas vezes são oprimidos. Tendemos a esconder a sujeira embaixo do tapete, fato! (isso não é uma crítica à rede social, mas que apliquemos o crivo do real, não o do ideal)

Acredito que muita riqueza pode ser gerada a partir desses grupos virtuais. São espaços onde pessoas se encorajam para tirar suas dúvidas e minimizar um pouco sua ansiedade. Contudo é absurdamente frequente, após uma pergunta supostamente "estapafúrdia", seguir-se uma sucessão de respostas/comentários carregados de julgamentos (dentre alguns válidos, realmente acolhedores e esclarecedores), chacotas, quando não, algumas pessoas/mães fazem questão de pisotear o suposto fracasso alheio, exibindo seu suposto sucesso: "Noooossa, o meu fulaninho tem a idade do seu e já pesa X+X quilos, o seu só pesa X?" (resposta a uma mãe que pede ajuda por ter um filho abaixo do peso). Pasmem, ainda reforçam o sofrimento do outro! (Troféu mãe do ano aos montes) Respostas carregadas de soberba, embebidas em onipotência. Onde está a empatia materna? A sensibilidade humana? Quando pisotear foi mais importante do que estender a mão? Quando julgar o comportamento do outro foi mais importante do que oferecer informação? Recordemos Laura Gutman, quando menciona a experiência materna e um território (simbólico) onde circula uma afinidade essencial comum a toda mãe. (e oremos!). 

Isso tem me feito pensar muito, não quero ser como essas mães. Quando defendo uma causa, não significa que eu minimizo ou desvalorizo a causa do outro. Não quero ser a que (supostamente) está sempre certa. Eu erro, e muito. O que me tranquiliza é que erro tentando acertar, que eu erro com a expectativa de saber identificar meus erros e que eles me tragam algum aprendizado, e mais, que eles possam ser os pilares que sustentam os meus acertos. Que em nossa jornada compartilhada saibamos filtrar o que é útil e de fato possa nos ajudar.

Tempo de reflexões, virá amadurecimento? Espero que sim. 


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O 4º mesversário!


E assim, no finzinho do dia 09 de setembro de 2013, depois de uma semana sem post novo (sorry), passo por aqui para lembrá-los de que hoje comemoramos nosso 4º mês de vida!




Nos últimos 30 dias foram 13 novos posts (prometi aumentar a produção e cumpri! eeeeeeebaaa). Mas na última semana a coisa engatou marcha lenta... será que tenho algum bloqueio relacionado à semana em que fechamos o mês? Isso tem sido bem recorrente! Afffeeeeeeeee! Confesso que uma leve preguicinha se apoderou de meu ser, somado a isso o vuco-vuco do dia-a-dia, daí já viu, bloguitcho 'megabandonado'. :(

Ah, mas tenho uma novidade sendo organizada. Em breve, teremos.... tchanannnnnnnn!!! (supresinha à vista!)

bjuuuuuuuu


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Renascimento do Parto (o filme)... e da esperança!




Então eu fui assistir "O Renascimento do Parto - O Filme" ontem e ainda não consegui postar nada aqui a respeito. Eu ainda estou, sei lá, em transe, em estado de contemplação, em... não sei (algo muitooo bom)  

Antes de o filme começar disse para o marido que foi junto: "quero que você assista para saber o que se passa no meu coração, para que finalmente entenda porque eu chorei tanto o parto que eu não tive".  Fomos. E a cada minuto de filme sentia que alguém no mundo me entendia, ou melhor, alguns muitos! Muitos profissionais incríveis que souberam destrinchar tudo, tudo o que eu acredito e sempre acreditei em 90 minutos de filme. Muitos casos como o meu, muitos depoimentos emocionantes. Tudo o que eu sempre soube e não conseguia nomear... foi lindo, foi especial.

E eu digo com o coração transbordando: assista! Não importa se você não quer ter filhos, se você é homem, se prefere cesárea, se acha que parto é coisa de bicho, que já teve todos os filhos que gostaria, enfim, simplesmente se dê esse presente e assista! Não perca a oportunidade de sentir a importância e a magnitude do nascimento. 

O filme não é uma disputa cesárea X parto normal. É muito, muito maior do que isso! É gigantesco, é amor, é futuro, é humanidade, é empoderamento! É informação, nossa única arma! Você, mulher, precisa conhecer a nossa realidade obstétrica, precisa estar ciente de todo tipo de violência a que está sujeita desde o início de um pré-natal até o momento do nascimento, seja via parto normal ou cesárea. E também todos os mitos que podem frustar o seu sonho. Da mesma forma, precisa entender melhor o contexto do nascimento e também as possibilidades de violência a que seu bebê está sujeito.

Você, pai, precisa estar junto, precisa apoiar sua mulher, precisa amparar a mãe do seu fillho e defender a sua escolha. Juntos são mais fortes do que o sistema.Vocês, pais, precisam se informar para então decidir e lutar para fazer valer o seu desejo, e então viver um momento lindo e transformador em toda a sua plenitude. 

Já fiz essa pergunta no blog e repito: que tipo de nascimento quer proporcionar a seu filho? Como deseja que ele chegue ao mundo? Se não tem a resposta: ASSISTA! E prepare-se para se emocionar, sentir raiva, frustração, revolta, compaixão, ternura, esperança. Prepare-se para compreender a essência da expressão "humanização do parto".

E no final marido emocionado olhou nos meus olhos e disse: “agora eu entendo e no futuro vai ser diferente”. (sem contar os inúmeros carinhos que dedicou à fofinha que dormia no meu colo durante o filme). Senti esperança, por mim, por todas nós...mulheres!

Ah, e se você é profssional de saúde tem o dever de assistir e refletir sobre sua prática.

Em Maringá/PR, o filme fica em cartaz no Cineflix Maringá Park até quinta-feira 05/09 (16h – 20h) e no Circuito Cinemas - Shopping Cidade/BIG (22h). Eu não ganho nada divulgando. Você certamente ganhará muito assistindo. 
Para saber mais acesse: http://www.orenascimentodoparto.com.br/