sexta-feira, 31 de maio de 2013

Coisas de Mãe: cortando (um pedaço) o cordão...

Olá, people do universo maternístico-bebeístico!

"Feriadinho básico de quinta-feira, com recesso na sexta (no meu caso), friozinho gostoso, Maria Julia cochilando, tudo propício para um novo post!"

Foi assim que comecei a escrever esse post ontem, mas quem disse que consegui terminar? Acabei me envolvendo com as atividades de casa, organizar uma coisa aqui, outra ali, brincar com a bebéia, atender o marido, e a manhã se foi. A tarde fiz um bolinho de maçã (que milagrosamente ficou bom) e recebi a visita super especial de mais uma amiga barrigudinha, a Juliana, que está na reta final da espera pelo Miguel. Conversa vai, conversa vem, e lá se foi a tarde (deliciosa, a propósito). A noite nem preciso dizer, né? Filhota e maridão me ocuparam até que desmaiei de sono... Atualização no blog que é bom, nada!

Mas hoje acordei focada em contar sobre a primeira saída da Maria Julia sem os pais. Sim, ela já foi para a night "sozinha". hehehe (agora eu dou risada, espera uns 15 anos)

O fato é que foram necessários 1 ano, 5 meses e 5 dias, para que eu me sentisse confortável em deixá-la sair de casa sem a minha companhia ou a do pai. Ela já fez vários passeios somente com o papai, já ficou em casa com a minha mãe para sairmos, já deu umas voltinhas de carrinho pela rua com o avô, sem contar que vai meio período para a escola desde os 7 meses e meio, quando retornei ao trabalho (ah, um dia eu conto como foi a ida para a escola). Desta forma, passamos muitos períodos separadas, mas deixá-la sair de casa para passear com outras pessoas nunca fora uma opção, ou melhor, ninguém havia pedido antes, então nunca precisei pensar a respeito.  

Contudo, semana passada meu universo se abriu para essa nova e inevitável forma de separação. Meu marido chegou em casa dizendo que a irmã dele e o cunhado gostariam de levá-la a uma festa de aniversário infantil aqui em Maringá. Antes que eu pudesse pensar a respeito saiu: "tudo bem (tudo bem?), sim, tudo bem". Fiquei surpresa (e ele também) com a naturalidade da minha reação, pois a um tempo atrás certamente teria dito não e inventaria mil desculpas: "E se quiser mamar?", "E se não cuidarem bem dela?", "Ela é muito pequena", "E se o coelhinho da páscoa vier para o almoço?", e por aí vai...

A verdade é que nesse mês parece que a estou vendo com outros olhos, já não me sinto tão confortável em chamá-la de bebê (mesmo que ainda não fale e que ainda mame no peito), me parece cada vez mais criança, em versão mini (rs), porém mais criança do que bebê.

Então chegou o domingo. Combinamos que as 16h45 os titios passariam para buscá-la.  Perto do horário demos o banho, colocamos roupinha de festa e arrumamos a malinha, um evento! Tudo pronto para a primeira festa sem os pais! Então ela chora, pede uma mamazinho e DORME  no peito! O quê????? 

Nem preciso dizer que fiquei com a "cara no chão" quando minha cunhada ligou avisando que já que estava saindo de casa e tive que dizer que ela havia acabado de dormir. Na hora imaginei que a cunha pensaria que fiz de propósito, só para não deixá-la ir com eles (até eu fiquei "analisando" se tinha boicotado a coisa toda), mesmo assim sugeri não acordá-la, afinal ela ficaria irritada, comprometeria o sono da noite e não seria uma experiência legal para ninguém. 

Passada uma hora, eis que a Maria Julia acorda. Rapidamente peguei o telefone e avisei o casal, que imediatamente se prontificou a buscá-la. Dei uma jantinha rápida (estratégia para não se entupir de besteira ou para não ficar com fome, afinal já eram 18h00), revisei a malinha e aguardei.

Assim que chegaram desembuchei a lista de recomendações (claaaaro!): optar por salgados assados, doce só se pedir ou oferecer pouco (não ia tirar totalmente o prazer deles de dar um docinho para a fofinha, né?), e NUNCA, JAMAIS, oferecer refrigerante. Ah, e se o cunhadão bebesse era para a cunhada dirigir! hahaha, quer mais chata do que isso? Quase um preludio da adolescência!

Então ela foi, e ao contrário do que imaginava, não fiquei preocupada ou ansiosa demais. Dizer que não pensei em como estaria naquele momento seria uma mentira deslavada, né? Mas tratei logo de ocupar meu tempo com outros afazeres.

Quando ela voltou, por volta das 20h30, toda feliz, senti que tinha feito a escolha certa. Meus cunhados estavam radiantes, contando as proezas da fofinha e como se divertiram juntos. Nenhuma intercorrência  grave, só um banho de suco logo no início da festa, o que foi prontamente resolvido com a roupa extra da mala. Final feliz para todos!

E assim senti que cortamos mais um pedacinho do cordão, e eu me tornei um pouquinho mais desnecessária... :)



Daqui uns 15 anos (ou menos, ?) eu volto para contar como será minha primeira madrugada em claro à espera da Maria Julia na balada. Certamente, sentirei saudades do tempo onde tomar refrigerante era minha maior preocupação... Até lá! ;)

terça-feira, 28 de maio de 2013

Coisas de Mãe: Halloween Baby 2012

Oieeeeeeeeeee!!! (AVISO: Esse post contém imagens com alto teor de fofura!)


Dias atrás contei sobre a nossa comemoração coletiva de Dia das Mães com um delicioso e "artístico" Babynique de Dia das Mães, certo? Na oportunidade, anunciei que contaria um pouco mais sobre nossos Babyencontros em Campo Mourão, então vamos lá... 

Bem, vira e mexe, algumas mamães conseguem se organizar para um babynique no parque, mas como residimos em Maringá, nem sempre podemos participar. Uma pena, já que é realmente muito bom esse momento com outras mamães e seus bebês-crianças.  

Em outubro do ano passado, fui surpreendida com um convite para participar de um encontro de Halloween Baby. Achei sensacional a ideia e logo comecei a matutar a fantasia da Maria Julia (as mamães piram!). Logo de cara pensei em confeccionar algo, mas a falta de tempo imediatamente me desmotivou. 

E lá fui eu, serelepe e saltitante (mentira, odeio ficar de loja em loja, hehehe), "bater uma perninha" na rua, procurar algumas opções de fantasia. Por fim, nada me agradou, o que foi providencial, já que não estava com muita vontade de gastar dinheiro (olha aí um momento único! Mesmo porque ultimamente ando com mais vontade do que dinheiro de fato, rs.). Foi aí que retomei o desejo de fazer algo (sou meio prendada, gente!).

Comecei a vasculhar uns cacarequinhos aqui de casa (restos de acessórios de festas) e encontrei a tiara de noivinha que ganhamos no casamento do meu cunhado (daquelas que a noiva coloca nas convidadas na hora de jogar o buque). Então surgiu a inspiração: confeccionar uma fantasia de noiva...Noiva do Chucky, Loira do banheiro, Noiva Cadáver (credo! Essa descartei de cara, mesmo se tratando de um desenho fofo produzido pelo Tim Burton), algo bem "halloween"! hehehe 

Resgatei o vestido branco do batizado (que jamais fora reutilizado) e também o saiote de tule e as luvas de coton de um antigo vestido "Anos 60" que tinha guardado (acho que desde 1994!). Juntei tudo e levei para minha mãe operacionalizar a parte que envolvia máquina de costura. Foi bem divertido, minha mãe e eu costurando juntas, super empolgadas para ver o resultado final. 

O look pronto:


Ounnnnnt! 

Minha linda noivinha!  (Foto: Carolina Luna)


Então chegou o grande dia! Assim que entramos na casa da mãe da Angelis outra surpresa: mega decor temática, uma graça! Cada mamãe levou um pratinho e as crias fantasiadas, sooooo cute! A anfitriã também providenciou muitos brinquedos para os bebês.



Momento relax rs...


Ambiente especialmente preparado pela Angelis e sua mãe. Quanto capricho!

Lembrancinhas que a Angelis preparou para cada baby (na foto estava escrito "Meu 1º Halloween")...adoramos!

Maria Julia brincando com o Pedro...

... e com o Enzo!

Olha a pose dos galãs...pode isso?
Daí foi só alegria, bate-papo e comilança...ah, e as mamães que ainda não se conheciam foram se aproximando, eu mesma só conhecia algumas pessoalmente, o restante só pelo Face (e olha lá)!

Quanto homenzinho! Detalhe do painel feito pela fotógrafa Carolina Luna, um arraso!

Fofuraaaaaa... (foto: Carolina Luna)

Acho que essa fantasia de noiva assustou o Enrico hehehe
Mamães em roda de conversa...




Como no dia estava calor, mas muitoooo calor, aos poucos as fantasias foram desmontadas e no final sobraram só a fraldinhas. Todos fantasiados de bebê! (rs)

Mamães e seus bebês (foto: Carolina Luna)
Overdose de fofura!!!!!!!!!!!!!!!



Vibe halloween total! Muitas gostosuras que se tornaram travessuras para meu corpicho! hehehe


Muito capricho!

Sanduíches assados de queijo branco, tomate e pesto de manjericão by Bruna Ribeiro, ameeeiiiiii!
Mesas de comidinhas e guloseimas preparadas (no meu caso compradas hahaha) pelas mamães.

Até o au-au entrou no clima!


Lindo, né? Curtimos tudo, desde a preparação das fantasias (trocávamos figurinhas pelo Face) até o grande dia!

Pouco tempo depois, tivemos outro grande evento bebeístico, o Baby Amigo Secreto de Natal, que contou com a participação dos papais em peso! Mas esse nós perdemos, porque tínhamos outro evento em Maringá no mesmo dia. :( 

Agora é preparar para o Arraiá Baby, pena que já "queimamos" a fantasia de noiva, afinal, seria uma belezura de noiva caipira, não? hahaha

E lá vou eu matutar a próxima... :D

sábado, 25 de maio de 2013

Dicas da Nutri: Proibidos para menores (de 1 ano!)

Oláaa!

Hoje tem DICAS DA NUTRI! Ebaaaaa! E a dica é para  mamães de babies menores de 1 aninho.

Quando a Carol me enviou o texto, imediatamente lembrei-me de como é gostoso oferecer um papázinho para o bebéios. Sério, gente! Acho que deve ser o prazer de ver aquela boquinha banguela fofa "mastigando" alguma coisa ou desejo de agradar mesmo, afinal, somos educados a festejar com comida, receber as pessoas com comida, dentre outras coisas. Quem nunca ouviu a máxima de que comida é sinônimo de afeto? Dar um docinho para criança então, é paparico level master! Não no meu caso, que ainda evito ao máximo o excesso de sal e o açúcar na vida da Maria Julia, e sofro para driblar os avós, titios e amigos ávidos por colocar uma delícia açucarada na boquinha dela! Só dou mesmo quando ela vê e pede (como no ataque aos bombons de morango em um aniversário tempos atrás, mas já tinha mais de 1 ano), do contrário passa batido. Eu realmente gostaria que ela crescesse com hábitos alimentares melhores dos que os meus ( gordenhaaaa sempre!).



A verdade é que todo mundo gosta de dar uma comidinha para criança pequena, mais ainda se for bebê. Nos primeiros 6 meses então, quando a amamentação exclusiva está a todo vapor, fugir dos chás para cólica (esse eu acabei dando algumas vezes por orientação da pediatra, nem lembro se funcionou), da água, do sorvete na pontinha da colher, da bolachinha molhada no leite, do caldinho de feijão, entre outros, é uma luta! Lembro-me de ser criticada uma vez por dar o chá sem açúcar, como se eu estivesse forçando a criança a tomar algo ruim, quando na verdade o chá nem era necessário, quanto mais o açúcar! Se ela nunca provou o doce, que falta pode sentir?

O pior é que a gente acaba passando por chata, muitoooo chata, porque não deixa dar nada "gostoso" para o bebê comer. É muito ruim ter que estar sempre alerta porque algumas pessoas não respeitam a sua vontade para com o SEU filho. Mas é assim mesmo, a gente rebola aqui, acolá, sempre tentando entender que quem oferece tem a melhor das intensões, embora ache muito desagradável oferecer comida para o filho alheio sem antes pedir a autorização do responsável. Até porque, muitas crianças fazem dietas especiais devido a algum tipo de alergia alimentar (muito comum) ou simplesmente porque os pais não desejam ofertar determinados tipos de alimento para a criança, como doces, refrigerantes, frituras, entre outros.

Algumas mães não pensam como eu e oferecem todo e qualquer tipo de alimento para seus filhos. Respeito isso, e muito! Mesmo assim, acredito que antes de oferecer uma "gostosura" para o filho alheio, devemos perguntar antes para a respectiva mamãe se ela autoriza. Isso evita muita "fralda" justa! Especialmente para bebês menores de 1 ano, visto que, nessa fase, alguns alimentos não devem ser consumidos, pois representam riscos aos fofinhos.

Para dar uma reforçada na ideia, confira abaixo as recomendações da nossa nutri!!! :)


Proibidos para menores: saiba quais alimentos não devem ser consumidos antes do primeiro ano de vida. 


* por Carolina S. Battilani Nascimento
Nutricionista CRN 8/6536


No exercício diário da minha profissão, percebo com muita satisfação que as mamães estão cada vez mais conscientes da importância de incentivar bons hábitos alimentares logo no primeiro ano de vida da criança.

Antes de qualquer coisa, a amamentação deve ser exclusiva até 6 meses de vida, quando iniciamos a introdução dos alimentos complementares (mas a amamentação prolongada deve continuar até 2 anos ou mais de vida). O leite materno é adequado para o seu bebe, tem fácil digestão, tem todos os nutrientes que necessita., previne obesidade, resfriados, infecções urinárias e respiratórias, otites, alergias e diarreia. Auxilia também no movimento e fortalecimento dos músculos da face, ajudando no processo da fala, no desenvolvimento psicomotor, sem esquecer no bom vínculo entre mamãe e filho. É um ato de amor e carinho, transmite mais segurança ao bebê e é de graça! Quer mais vantagens? Amamentar é tudo de bom!

Contudo, muitas pessoas ainda não sabem que alguns alimentos não são recomendados para o início da vida, podendo trazer prejuízos ao bebê.  Confira abaixo quais alimentos fazem parte do rol de proibidos para os bebês menores de 1 ano:

  • Amendoim e nozes: São altamente alergênicos e por serem duros apresentam risco de o bebê engasgar.
  • Mel: É um alimento natural, mas pode conter uma toxina capaz de desenvolver o botulismo (Clostridium botulinum). Essa toxina causa a paralisia dos músculos, iniciando pela face, paralisa do diafragma, impedindo a respiração e levar a morte por asfixia. Lembre-se que o intestino do bebê menor de 1 ano é imaturo e está em desenvolvimento, então não é capaz de barrar algumas bactérias. Essa toxina também pode estar presente no palmito.
  • Frutos do mar: São recomendados após um ano de idade por riscos de causar reações alérgicas.
  • Morango: Contem muitos resíduos de agrotóxicos. 
  • Leite de vaca: Sua proteína é de difícil digestão, pode causa anemias, alergias e intolerâncias alimentares. 
  • Balas: oferecem risco do bebê engasgar, além disso, o Ministério da Saúde não recomenda a ingestão de açúcar antes de um ano de vida.
  • Pipoca: apresentam grande risco de engasgar. Evitar antes dos dois anos de vida.
  • Chocolates: Pode causar desconforto como gases e possui altos níveis de açúcar e gordura, aumentando as chances de obesidade infantil.
  • Refrigerantes:  O bebê possui a mucosa gástrica muito sensível e as substâncias presentes nesses alimentos podem irritá-la. Também compromete a digestão e a absorção dos nutrientes causando deficiências nutricionais, como o cálcio, por exemplo, que é um mineral responsável pelo crescimento e fortalecimento dos ossos. Sua falta pode causar osteopenia e em longo prazo osteoporose, trazendo prejuízo ao crescimento da criança e aumentando o risco de fraturas. O refrigerante é zero em nutrientes e ainda aumenta os riscos de obesidade infantil por conter muito açúcar. É um péssimo alimento a ser oferecido para o seu bebê. (Confesso que quando vejo uma mãe oferecendo refrigerante para o bebê ou mesmo criança quase tenho um "treco", pior ainda se for em uma mamadeira!)
  • Peixe: Antigamente tinha-se um preconceito em oferecer peixes para crianças menores de um ano de idade. Mas agora Sociedade Brasileira de Pediatria liberou o consumo de peixes a partir do sexto mês. Só não se esqueça dos espinhos, das condições higiênicas desse alimento e de comprar em lugares seguros. Saiba que o peixe é muito importante para o desenvolvimento do seu bebê por conter gorduras de boa qualidade. Se ficar na dúvida analise se histórico de alergias a peixe na família e fique atenta. 
  • Ovo: Embora a Sociedade Brasileira de Pediatria tenha liberado o uso do ovo a partir do sexto mês de vida, importante saber que a clara pode provocar reações alérgicas. Nunca ofereça ovos crus ou com gemas moles por risco de Salmonela. 

Por hoje é só, mamães e simpatizantes do tema! Vamos ficar atentos e cuidar do nosso bem mais precioso, nossos bebês e crianças! 










* Carolina S. Battilani do Nascimento é Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica e Funcional. Atende na CLINILIVE em Campo Mourão. Contato: (44)3017-5517
E-mail: carolbattilani_nutri@hotmail.com      




sexta-feira, 24 de maio de 2013

GBSSM*: Você conhece a "Radio Radinho"?

Olá, "pípou" GMS! (grávidas, mamães e simpatizantes)

Demorei, mas voltei. Essa semana foi bastante agitada, com muito trabalho, organização de um grande evento de Saúde Mental, Maria Julia bem resfriada, correria atrás de médico, noites sem dormir...trash! Resultado: bloguicho mega abandonadinho. :(

Hoje passei por aqui bem rapidinho (= post curtinho e prático) para perguntar: vocês já conhecem a Rádio Radinho? Não? Então, muito prazer, esse é o mais novo item do nosso Guia Básico de Sobrevivência na Selva Materna!



A Radio Radinho é uma Web Rádio, supeeeeer bem bolada, que toca musiquinhas para crianças 24 horas por dia (0 a 8 anos)! A programação é variada, com conteúdo musical de qualidade. Até os papais vão adorar ouvir, já que é recheada de muito rock, música clássica, MPB e música folclórica. 



Do amanhecer até a hora de dormir você acompanha a seguinte programação:

  • Lá vem o sol: seleção de canções para a turminha despertar e acordar feliz. (início às 6h. )
  • Vamos Lá: "o programa que te leva para todo lugar", de acordo com o locutor. Oferece dicas, agenda cultural e música para a família. (O programa acontece em três horários: 7h às 09h, 11h às 13h e 17h às 19h.)
  • Mini Mundo: é uma viagem musical pelos quatro cantos do mundo, apresentando os ritmos de outras culturas. (Das 09h às 10h e das 16h às 17h.)
  • Brazuquinha: Cultura e folclore nacional! 
  • Cineminha: conta com trilhas sonoras da sétima arte. (Das 13 às 14h e das 20h às 21h.)
  • Soneca: começa às 14h e é perfeito para o soninho depois do almoço.
  • Entra na roda: muita cantiga de roda para os pequerruchos!
  • Nana neném: começa às 21h. Tem historinhas e parece mais uma caixinha de música.(segundo o locutor, é o "maracujá da Radio Radinho"...fofo!)
  • Soninho: é o programa de ninar que promete garantir uma noite bem tranquila para a criançada.
É isso, se ainda não conhece, bora lá dar uma conferida: www.radioradinho.com.br
Aproveitem!



sábado, 18 de maio de 2013

GBSSM*: SLING, we love it!

Olá, people!
Dando seguimento a proposta do post Voltei!!!, hoje vou iniciar o tópico *Guia Básico de Sobrevivência na Selva Materna. E para essa estreia, não poderia deixar de escrever sobre a melhor descoberta que fiz durante minha gestação: o SLING!  

Alguns leitores vão perguntar: Ãhnnnn? O que é isso?

SLING é um carregador de bebês! É feito de pano, não-estruturado e ergonômico.
Antes de iniciar, acho importante ressaltar que não sou uma exímia conhecedora de slings e também não os comercializo (mas indico fornecedores conhecidos ao longo do texto). O que pretendo com esse post, é contar um pouco da nossa experiência, aprendizado e adaptações a essa prática, pela qual nos apaixonamos e recomendamos!

Nem me lembro ao certo como fiquei sabendo de sua existência ( aí o problema de escrever muito tempo depois de ocorrido o evento), só recordo de que num belo dia me falaram de uma oficina de sling na Unimed em Maringá (Semana de Incentivo ao Uso do Sling em 2011). E eu fui lá conferir qual era a desse jeito "meio de índio" de carregar bebê (hehehe), mesmo porque já imaginava que trazer o bebê assim tão coladinho ao corpo da mãe só poderia trazer benefícios para o vínculo mãe-bebê e seu desenvolvimento. 
Então eu cheguei lá na Unimed toda barrigudeeeenha e me encantei com o que vi e ouvi. A doula Marília Mercer, da Slinguru, contou tudinho sobre babywearing, aspectos de segurança do produto (como não adquirir slings com argola que possua emenda, por exemplo), os benefícios, as formas de uso, etc. 

Nem preciso dizer que Ameiiii, mal podia espera para carregar minha fofinha assim!
Quando a Maria Julia nasceu eu tinha apenas um sling. Era um modelo de argolas todo furadinho, específico para piscina/mar. Eu aproveitei para slingar a fofinha nele mesmo (até que chegassem meus slings recém adquiridos pela internet - Slinguru). No início foi estranho, ficava insegura sobre o conforto e segurança da bebéia, não rolou. Mas serviu para muitas fotos!
Maria Julia slingadinha com aproximadamente 1 mês de vida.


Será que está gostando?
No final do primeiro mês de vida os novos slings (argola e wrap) chegaram e a brincadeira começou. No início é assim, a gente testa, retesta, (re)retesta, até se adaptar a uma posição ou a um tipo de sling. Não cheguei a usar boneca no treino, mas sei que muita gente recomenda. Eu, machuda que sou, tratei logo de incluir a bebezoca na coisa. 

Particularmente, não acredito que exista um tipo melhor de sling dentre as opções disponíveis, mas sim um modelo de sling que atende melhor às necessidades de cada mamãe e bebê (e papai!) nas diferentes fases de desenvolvimento da criança. 


                            Nós e o SLING DE ARGOLA!                                                 


Confesso que demorei a me adaptar ao sling de argola. Talvez tenha sido pela má impressão gerada pelo splash (do tecido furadinho). Sua argola de plástico não me passava segurança, parecia que escorregava no contato com aquele tipo de tecido (não era algodão). Contudo, mesmo tendo comprado um modelo mais confiável e elaborado, ainda não me ajeitava com ele. Hoje, percebo que era insegurança decorrente da falta de prática. 

O sling de argola permite algumas posições como: peito a peito (vertical), deitado (para amamentação), de lado (para um bebê maior), nas costas (para um bebê maior), de frente (de costas para quem carrega e frente para o mundo). Nos primeiros 2 meses da nenê, me sentia melhor com a posição peito a peito, onde ela ficava de barriga comigo e suas perninhas ficavam em forma de sapinho dentro do sling. Algumas vezes utilizávamos com ela de frente para o mundo, posição que gostava (não adoraaaava), mas por pouco tempo, uns 20 minutinhos talvez, enquanto passeava pelo condomínio, rua, shopping, etc. Usamos com certa regularidade até os 2/3 meses, mas ainda não era o nosso sling!  Então o deixei meio de lado por um tempo, quando passei  a ter maior domínio do wrap e a utilizá-lo com maior frequência. 

Aos 3 meses, após um passeio com o papai...adormeceu!
  
Evidente que registramos a aprovação do papai!

Conforme a Maju foi crescendo, os interesses pelo mundo que a cercava foram se intensificando e por volta dos 6/7 meses tiramos o sling de argola do fundo do baú. Não sei nem explicar como aconteceu, de repente me percebi expert no modelo e não podia mais viver sem ele (hehehe)! Acredito que foi a incrível praticidade e facilidade para colocá-lo que me seduziu outra vez e me fez dar uma folga para o wrap, modelo que vinha utilizando até então. Nossa posição preferida a partir desse momento foi a de lado, que permitia uma boa visão do ambiente para a gatinha.

Recomendo esse modelo para ocasiões nas quais não vamos precisar andar muito, já que o peso se concentra em apenas um dos ombros (não nos dois como o wrap), então a sensação de cansaço chega primeiro (importante não deixar a faixa que passa sobre as costas embolada). Mas neeeeem se comprara a carregar criança nos braços! 

Com 9 meses em uma festa beneficente (dormindo gostoso!)

Slingando aos 9 meses. (Ounnnt!)


Slingada de ladinho com 1 ano e 2 meses, na cia do amiguinho Enrico e tia Angelis. Aqui já meio "descaído" porque corremos o shopping inteiro para não atrasar no cinema (rs).




                                                   WRAP SLING, uma paixão!                                             


A primeira vez que usei, ou melhor, tentei usar o wrap, achei que tinha jogado dinheiro fora. Era muito pano para enrolar, difícil de colocar o bebê (falta de prática) e eu não acreditava que seria capaz de desenvolver qualquer habilidade para aquilo. Mesmo assim a sensação de tê-la calminha, aconchegada a mim era sensacional (como ter a barrigona de volta! rs), então valia os esforços. Aplicada como sou, em menos de uma semana já havia me tornado uma ninja do wrap (hahaha). Podia até começar a amarração com a Maria Julia já no colo (level master), acreditem! Mas ainda era uma panaiada sem fim, que sempre tinha as bordas arrastadas no chão quando ia amarrar. Algumas vezes cheguei a amarrar antes de sair de casa (muito prático, chega no local e já coloca o bebê), mas me incomodava na hora de dirigir e desisti.


Com 1 mês: test drive do wrap, achei confortável, mas desajeitado para amarrar, não sabia o que fazer direito com tanto pano! (detalhe das perninhas em posição de sapinho dentro do tecido). O corpinho do bebê fica em contato direto com o da mãe neste modelo.

Com 2 meses de vida, testamos a posição deitada (ótima para amamentar hehehe) no papai também!



  Após as vacinas do segundo mês de vida... teve dor na perninha e só acalmava no sling (detalhe para a sustentação da cabecinha, o que dá total liberdade para as mãos de quem carrega)


Depois que peguei o jeitão, apaixonei! Era muitoooo confortável! O peso fica distribuído entre os dois ombros e as costas, o que permite passeios mais longos. Sem contar que é muito fácil colocar e tirar o baby depois que pega prática. Maria Julia vivia slingadinha no wrap e usávamos o de argola pouquíssimas vezes nesse período. 


                                                          Com 3 meses de vida: nosso primeiro Cinematerna!


Esse modelo permite vários tipos de amarrações e posições: peito a peito, deitado, de lado, nas costas...super versátil! Quando o pescocinho da nenê ficou bem firmezinho, fizemos algumas tentativas de colocá-la de frente para o mundo no wrap, mas não nos adaptamos.


Aos 5 meses: passeio no shopping com nosso sling de onça baphônico!

                                                    Vejam só a Melina carregando o Migs nas costas, que fofo!


Encontro das mães "slingueiras": Patrícia (que também vende slings em Maringá) com a Bia no sling de argola e Bruna com o Pedro no wrap. 


Ah,  vocês se lembram daquele primeiro sling todo furadinho? Aquele que eu falei mal lá no início? Pois é, resgatei ele quando fomos para a praia em fevereiro desse ano e a Maria Julia pôde experimentar seu primeiro banho de mar grudadinha na mamãe. Foi sensacional! Descobri o que me incomodava no modelo: de fato, como o tecido não é algodão, o contato com a argola de plástico não é muito firme e, devido ao peso, o bebê vai escorregando aos poucos. Entretanto, na água ele cumpre perfeitamente sua função, já que o bebê fica mais leve e os furinhos permitem a saída da água. Simplesmente amei!!! (não é à toa que o modelo é específico para piscina/mar, né?)


                        Em dia de mar sem onda, olha que delícia! Maria Julia curtindo seu primeiro banho de mar!


                                                                 Argola de plástico e tecido todo furadinho.





Eu vejo realmente um mundo de possibilidades no sling. Em nossa vida diária, além dos benefícios para o desenvolvimento da Maria Julia (segundo estudos científicos, só dar uma googlada no assunto!), muitas facilidades foram decorrentes do babywearing.

  1. Ganhei meus braços de volta! Gentchy, segurar bebê em um braço e sacola, bolsa e afins no outro é um malabarismo! Sem contar que algumas atividades em casa podem ser realizadas com o bebê slingado, como lavar uma loucinha, guardar uma roupa, etc. NUNCA cozinhar!)
  2. O carrinho de bebê tornou-se totalmente desnecessário em passeios mais curtos (ida ao médico, mercado, farmácia, lojas, etc), mas ficava no carro de retaguarda em eventos mais prolongados, no caso de precisar dormir e não ter aonde aconchegar (só uma mãe sabe o valor de não precisar pilotar um carrinho por calçadas esburacadas ou ficar naquele "tira e põe" do porta-malas do carro)
  3. Sair de casa se tornou um evento mais tranquilo e rápido, devido a agilidade que o sling proporciona no transporte da Maria Julia.

Exitem outros tipos de carregadores de bebês, como o Pouch Sling, Mei Tai ou o próprio canguru. O Pouch é um tecido dobrado que cria uma espécie de bolsa para o bebê, geralmente é fabricado sob medida para o corpo que irá usá-lo, mas existe modelos com regulação por velcro. O Mei Tai é uma especie de cadeira de tecido amarrado ao corpo do adulto por quatro faixas. Para quem prefere os tradicionais Cangurus (carregadores mais conhecidos), o ideal procurar por modelos que imitam cadeirinhas, ou seja, o bebê fica sentado e com as pernas saindo pela lateral. Os modelos onde as peninhas ficam penduradas para baixo não são recomendados.



Que fofura a Teka com a Bianca no pouch sling! Ela já avisou que vai receber lindos modelos para venda.


Por fim, usar sling é ainda uma diversão, pois vivenciamos as mais diversas reações das pessoas na rua,  que vão desde "ai que coisa linda, toda embrulhadinha!", "que legal, onde compro isso?" até "tadinha, não machuca?", "ai que dó, está apertada aí dentro". No início, frente a reações negativas (mais agressivas, estilo "credo, tá machucando a menina!"), eu costumava explicar, falava dos benefícios e blá, blá... mas às vezes fico impaciente (dependendo da magnitude da asneira hehehe). Dias atrás, depois de ouvir uma dessas pérolas, devolvi: "Ela está chorando? (Não) Então não deve estar doendo, porque ela é pequena e não burra, se doer chora" (plaft! hahaha


Você encontra vídeos ensinando a usar o sling Aqui. (os slings SunKepina são lindos!)

Se você é mamãe de gêmeos clique Aqui (especialmente para minha amiga Raquel).

No youtube ainda encontra vários vídeos explicativos sobre os diferentes modelos disponíveis.

É isso! Bora slingar, gentem! :D

UPDATE: esqueci de ressaltar que canguru não é sling, são carregadores estruturados. Neles o corpo do bebê não fica em contato direto com o corpo da mãe (ou quem carrega).

Esse vídeo sobre como utilizar o sling de argola é excelente (me ajudou muito!):
 http://www.youtube.com/watch?v=-E2TErmSrPY&list=PL1B0EBA07187718F3

quinta-feira, 16 de maio de 2013

HOJE É DIA DE MARIA (Julia)!

Oieeee, geeeente!

Hoje tenho uma novidade, acabo de inventar um tópico especial só para minha babyzinha! Como disse antes, sou mãe da pequena Maria Julia de 1 ano e 4 meses, que é a "mini" musa inspiradora desse bloguitcho. Então, nada mais justo do que dedicar um espaço para contar as descobertas e peripécias dessa gatinha, que a cada dia inunda nossa existência com novidades encantadoras.

Ontem, no Facebook, contei "prozamigos" que a Maria Julia andou aprontando com um dos meus apetrechos de maquiagem, então resolvi inaugurar o HOJE É DIA DE MARIA (Julia)! com esse causo:

Estava eu me produzindo (ohhhhh) para ir ao trabalho, passando aquela massa corrida básica, quando a Maria Julia percebeu minha maleta de maquiagem. Naquele momento, olhos brilharam, bochechas coraram, bracinhos levantaram, dedinhos esticaram e apareceu um sorriso encantador seguido de um suspiro de entusiasmo. Reação totalmente compreensível, afinal, trata-se de uma maletinha cheia de trequinhos coloridos, alguns brilhosos, em diferentes formatos, que abrem e fecham, e ainda pintam a gente! É a glória de qualquer criança (sinos tocando)!

Meu coração amoleceu, e eu, que estou me monitorando para controlar o índice de "NÃOs" emitidos (não pode isso, não pode aquilo, não pode nada nunca!), a deixei dar uma explorada supervisionada na maletinha (olha aí a inspiração Montessoriana). Dedinho aqui, dedinho ali, ela escolheu meu pincel de pó facial "mega power" super caro (daqueles que a gente compra a prestação hahahaha, exageraaada!) para brincar. Deixei, deixei mesmo, porque foi muito bonitinho vê-la sacudindo o pincel de um lado para o outro, toda feliz.

Então eu cometi o erro: fui até o espelho do banheiro para passar delineador nos olhos. NUNCA, mas nunca mesmo, perca a criança de vista num momento como este, deixando seus "equipamentos" vulneráveis. 

Terminado o traçado do primeiro olho, dei um espiadela para o lado e encontrei a seguinte cena: uma linda e graciosa "mini empreguete" limpando o fundo do vaso sanitário com meu estimado pincel. Pode isso, Arnaldo?

Minha reação? Depois de emitir um "aahnn?", paralisei. E ri, ri muito, ri alto. Ri da situação, ri da "inocência" dela, ri de mim, pois se eu derrubasse esse pincel acidentalmente no vaso, certamente esbravejaria e me condenaria ao "mármore do inferno". (rs...)

E, imediatamente, saí procurar protetores de vaso sanitário...


Ela realmente me torna uma pessoa melhor...isso é ser mãe! :)

NOTA: quando escrevo sobre monitorar o índice de "NÃOs", me refiro a situações onde limitamos a criança por certo comodismo, como não deixá-la mexer em uma gaveta, num armário, determinado objeto que queira explorar (ambientes seguros de forma geral),  mas não permitimos porque pode gerar bagunça, por exemplo. Isso não significa ser permissivo e deixar a criança fazer o que quer a todo momento.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Dicas da Nutri: Gestação - Comer por dois, mito ou realidade?

Olá, meu povo GMS! (Gestantes, Mamães e Simpatizantes hehehe)

Conforme já tinha contado para vocês, de tempos em tempos nossa personal nutri do bloguitcho (ai que chique!), Carolina Battilani, vai falar um pouquinho sobre alimentação saudável para gestantes, mamães, bebês e crianças. 

E o primeiro DICA DA NUTRI vai para as barrigudinhas da nossa roda!



Para quem não sabe, durante a gravidez da Maria Julia fui "contemplada" com diabetes gestacional (um dia eu conto essa novela mexicana em outro post) e a Carol foi responsável pela orientação alimentar que me fez engordar apenas 6,5 kg durante os 9 meses! Menos que o esperado para uma pessoa com peso normal, mas como já engravidei bem gordeeeeenha foi o ideal e ocorreu de forma muito saudável, já que comia porções balanceadas em intervalos regulares. E olha que a Maria Julia nasceu com 3,540 kg! Estão vendo como mãe faz sacrifícios pelo bem estar dos filhos desde a barriga? Resultado: após 30 dias do nascimento estava com menos 12 kg! (mas como sou indisciplinada, comilona e apegada ao que é meu, fiz questão de resgatar cada um deles durante os outros 7 meses que fiquei em casa de licença maternidade+férias, mesmo amamentando :/). 

Mas chega de xororô e vamos ao que interessa...

DICAS DA NUTRI: Gestação - Comer por dois, mito ou realidade?

                                                                * por Carolina S. Battilani Nascimento
                                                                                  Nutricionista CRN 8/6536

Se você não era de se preocupar muito com a alimentação, agora que está gravida precisa fazer refeições mais pensadas e equilibradas. O seu bebê vai precisar do máximo de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras de boa qualidade) e micronutrientes (vitaminas e minerais) para o seu desenvolvimento intra-uterino. As grávidas costumam achar que podem à vontade (comer por dois, como diziam os antigos), mas não é bem assim. Para fornecerem os alimentos necessários à formação do bebê, precisam comer melhor, ou seja, com qualidade, o que não significa dobrar a quantidade.



O primeiro passo é limitar a quantidade de guloseimas, fast food e refrigerantes, já que estes contém muitas calorias, açúcares, fazem aumentar o peso muito rápido (deve ocorrer gradativamente) e aumentam o risco de diabetes e elevação da pressão arterial, por causa do excesso de sódio. Ademais, esses alimentos são zero em nutrientes!



O segundo passo é aumentar a ingestão de determinados Micronutrientes, como:

  • Ácido fólico: dá origem às células sanguíneas e atua na formação do tubo neural do feto, diminuindo os riscos de defeitos congênitos. Por isso, muitos obstetras recomendam aumentar o consumo do ácido fólico logo que a mulher decide ter um filho. Então capriche nos vegetais verdes escuros (rúcula, brócolis, couve, espinafre, etc.) feijão, batata, carne e cereais integrais.


  • Vitamina B12: essencial para o metabolismo do ácido fólico, no funcionamento do sistema nervoso e na produção de glóbulos vermelhos, sua falta também pode provocar anemia megaloblástica. As gestantes que consomem dieta vegetariana devem receber suplementação com orientação médica, já que suas fontes são carne vermelha, gema de ovos, leite e queijos.
  • Cálcio: está envolvido na formação de ossos e dentes do bebê. Sua falta pode prejudica também a gestante, pois o feto utilizará as reservas maternas, e consequentemente enfraquecendo seus ossos, aumentando os ricos de fraturas e dentes moles. Leite e derivados, brócolis, couve, sardinha são suas fontes.

  • Ferro: ajuda na produção de hemoglobina (proteína do sangue que ajuda a carregar oxigênio para as células do corpo) e a manutenção de um sistema imunológico saudável, uma vez que mulheres grávidas são mais susceptíveis a infecções. Sua falta pode acarretar anemia ferropriva, e como consequência cansaço e fraqueza. Como o volume sanguíneo aumenta durante a gestação, é necessário mais ferro para produzir mais hemoglobina. Para algumas gestantes, se faz necessário a suplementação, mas sob orientação médica. O ferro também é usado pelo bebê em desenvolvimento e pela placenta. Sua carência leva a um tipo de anemia que pode estar associada a partos prematuros, baixo peso do bebê ao nascer e até, em casos mais graves, óbito fetal ou infantil. A absorção do ferro da carne vermelha é muito mais eficiente do que a do ferro extraído dos vegetais verdes escuros (rúcula, brócolis, espinafre, couve), já que estes necessitam da presença de vitamina C para serem absorvidos. Mesmo assim, precisam ser adicionados a dieta. A carne vermelha, assim, é obrigatória no cardápio da gestante. Escolha cortes magros, como patinho, coxão mole ou duro, alcatra, músculo, e prefira assados, cozidos e grelhados de frituras. Importante também  evitar a ingestão de café, chás e leite logo após as refeições, pois esses alimentos atrapalham a absorção do ferro.

  • Vitamina C: já citada pela importância na absorção do ferro, evita sangramento da gengiva e parto prematuro. As fontes são acerola, goiaba, morango, manga, laranja, mamão, pimentão, espinafre, couve, limão, caju, etc.
  • Zinco: é necessário para a reprodução, crescimento e desenvolvimento, reparação tecidual e imunidade. A deficiência desse mineral está relacionada com aborto espontâneo, retardo do crescimento intra-uterino (RCIU), prematuridade e pré-eclâmpsia. As fontes são carne bovina, de aves, ovos, banana prata, espinafre, brócolis, couve, leguminosas (feijão), melado de cana e oleaginosas (castanha do Pará, amêndoas, etc.). 



Importante ressaltar que todos os nutrientes são essenciais (mesmo outros que não foram citados), então, como garantia, consuma ao dia de 3 a 4 porções de frutas, 5 porções verduras frescas e bem higienizadas (3 no almoço e 2 no jantar), 1 porção de carne magra, peixes ou ovos, 3 porções de leite e derivados, de 5 a 6 porções (ou mais podendo variar calorias na dieta) de cereais com grãos integrais. Um pouco de tudo, de tudo um pouquinho!


Os  Macronutrientes também precisam ser consumidos com qualidade:


  •  Carboidratos: também são muito importantes, pois dão a energia que o corpo necessita, mas o consumo  de carboidratos refinados (pães e arroz brancos) deve ser moderado, pois são digeridos e absorvidos rapidamente, produzindo um aumento súbito da taxa de glicose no sangue (glicemia).  Prefira arroz, macarrão, biscoitos, pães e torradas nas versões integrais, já que esses são ricos em fibras, vitaminas e minerais, e assim digeridos e absorvidos lentamente, ocasionando aumento pequeno e gradual da glicemia. Esses alimentos ajudam no funcionamento do intestino - que na gravidez fica mais preguiçoso - diminui as chances de diabetes, obesidade, melhora os enjoos, previne a hipoglicemia e controla o apetite voraz.                                          

  •  Proteínas e gorduras de boa qualidade também são importantes. A proteína é fundamental para a produção das células e dos tecidos novos da mãe e do bebê, como formação da placenta. Suas fontes são carnes, aves, peixes, ovos, leite e derivados, feijão, ervilhas, grão-de-bico, nozes. As gorduras de boa qualidade permite o pleno desenvolvimento do cérebro e sistema nervoso do feto e estudos evidenciam prevenção de depressão pós-parto na mãe.  As fontes são salmão, sardinha, atum, linhaça, azeite de oliva, castanhas (Pará, amêndoas, etc), semente de girassol, abacate, etc. São importantíssimas, mas devem ser incluídas com moderação.

IMPORTANTE:

Não faça dietas restritivas, isso poderá prejudicar o desenvolvimento do bebê (deficiências de vitaminas, retardo do crescimento intra-uterino (RCIU), baixo peso ao nascer, entre outros problemas). O seu peso vai aumentar de qualquer jeito, em consequência do volume sanguíneo, placenta, bebê, mamas, etc., não tem como fugir, por isso a importância de ter uma alimentação equilibrada para a manutenção do peso correto e nutrição do bebê. Até 12kg para gestantes com peso ideal é esperado, mas pode variar dependendo do caso, como por exemplo, gestação gemelar ou gestantes com sobrepeso. 

Durante a gravidez, seu corpo trabalha de forma ainda mais eficiente para o desenvolvimento do bebê, tirando o máximo de energia do que você come. Por isso é aconselhável fracionar a alimentação, fazer cinco ou seis pequenas refeições, principalmente se você estiver sofrendo muito com enjoos, azia ou má digestão.

Deve-se derrubar o mito de que a gestante pode comer por dois, lembre-se da qualidade e horários. Procure um obstetra e um nutricionista para fazer um pré-natal de qualidade.

Não esqueça da água, beba em abundância para que seu intestino funcione diariamente, evitando também a desidratação. Grávida que se hidrata não tem infecções.

A atividade física é importante para o controle de peso e saúde geral da gestação, mas deve ser autorizada pelo obstetra e acompanhada por um profissional habilitado e especializado.


Exemplo de cardápio de aproximadamente 2.000 kcal

**Sugestão de Cardápio para um dia apenas, deve haver variedades e cada gestante possui  necessidades nutricionais específicas, devendo ser avaliada individualmente por nutricionista.

- Café da manhã
2 fatias de Pão integral + 1 ponta de faca de margarina
1 xícara de chá de Iogurte
- Lanche da manhã
1 unidade de Fruta ou fatia + 2 castanhas
- Almoço
6 colheres de sopa de arroz integral
1 concha de feijão 
3 pedaços de carne bovina de panela magra
Alface à vontade
Rúcula à vontade
2 colheres de sopa de abobora cabotiá
1 colher de sopa de azeite de oliva, limão e uma pitada de sal
- Lanche da tarde
1 fatia de mamão picadinho + 1 xícara de chá de iogurte + 1 colher de sopa de aveia
- Jantar
1 Sanduiche de:
2 fatias de Pão integral 12 grãos
1 colher de sopa de atum
2 fatias de queijo minas
4 rodelas de Tomate
Agrião à vontade
Rodelas de Cebola roxa

Sobremesa: 1 unidade de fruta ou fatia

- Ceia

4 biscoitos com gergelim com 1 colher de sobremesa de geleia 


Espero que tenham gostado, gravidinhas! Até a próxima!


Carolina S. Battilani do Nascimento é Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica e Funcional. Atende na CLINILIVE em Campo Mourão. Contato: (44)3017-5517
E-mail: carolbattilani_nutri@hotmail.com