domingo, 17 de novembro de 2013

Desmame noturno - parte II - missões abortadas

"Rái"

Para quem está chegando agora, a Parte I da missão desmame noturno começa AQUI

                                                                                           Fonte: google imagens


Começo o post de hoje com uma pergunta para as mamães experientes: Como escolher o último mamá (peito)?

Não tenho a resposta. E ainda não fui capaz de fazê-lo integralmente. Mas tenho uma teoria. O desmame é como aprender a andar. Você não nasce andando, primeiro engatinha para se locomover e mesmo após conseguir os primeiros passos, volta a engatinhar em alguns momentos, por algum tempo. Talvez o desmame também requeira algum tempo de treino, e só uma mãe muito segura do seu desejo, assim como o bebê seguro de suas capacidades psicomotoras, é capaz de fazê-o.

Bom, me recordo com mais exatidão de dois momentos ao longo de nossa vida de aleitamento materno onde me senti realmente muito cansada e tentada ao desmame noturno (nunca vislumbrei o desmame integral antes dos dois anos de vida) por influência da minha mãe (olha a vovó tirando o leitinho da boca da criança). Na época, aproveitamos uma visita sua (reside em outra cidade) para tentarmos um desmame noturno. Por que ela? Por que não tentei com o papai? Bom, porque minha mãe é um poço de acolhimento! Carinhosa, paciente, transbordante de amor pela netinha e sabia que ela acolheria os possíveis choros com muito zelo e amor. Já o papai, mesmo babão e amoroso, não tinha muita paciência com as reclamações e choros da madrugada, sabia que logo cederia a seus apelos. 

E assim fizemos por duas noites, as duas que minha mãe permaneceu em casa. Foi como imaginava, minha mãe acolhia seus choros acordando-a e mostrando algum outro estímulo até que ela adormece novamente mais calma. Foi perfeito, mas minha mãe teve que ir embora no terceiro dia, e adivinhem o que aconteceu? Papai com muito sono e sem muita paciência, logo levou ela até mim e disse: "chega disso, ela quer você". Assim terminou frustrada nossa primeira tentativa. Aceitei e constatei que seria capaz de levar adiante, já que as duas noites anteriores tinham me fornecido um belo descanso (dica para as mamães cansadas: tire uma folga!). 

Algum tempo depois, precisei fazer uma viagem de dois dias a trabalho (e aqui não considero uma tentativa de desmame). Tensão a mil, primeira separação. Maju tinha 1 ano e meio, amamentação a mil. Lá vou eu chorar para a mamis/vóvis nos socorrer. Ela, maravilhosa como sempre, guardou a chinelinha havaiana na mala e rumou para minha casa. Papai e vovó assumiram juntos a missão. Foi um momento muito difícil, primeira separação. Dois dias inteirinhos e duas noites! Evidente que a sombra do desmame abrupto forçado me abateu. Eu não queria, ela não queria, não era a hora. Então parti de viagem e deixei com coração partido o que tinha de mais importante. Resultado: uma "quase mastite" e dois dias de ordenha insana durante a viagem. A mente é mesmo poderosa, acredite! Quando retornei doidaaaaa de saudade, encontrei-a dormindo. Mal podia esperar para ver sua reação ao acordar. Quando abriu os olhos e me viu, se aninhou nos meus braços e logo pediu seu mamázinho, para meu alívio e das mamas doloridas! 

Bom, um tempo depois da viagem, passamos por um período de muita exigência noturna. Após após as 5h da manhã entrávamos em um ciclo de mamada contínua interminável que me deixou exausta. Eu não consegui identificar sua real demanda: dentes, dores, calor, frio?  Resolvi que queria o desmame noturno de uma vez por todas! Papai e eu conversamos e decidimos "peitar" a coisa juntos. O combinado era que, assim que ela acordasse seria acolhida por ele, que tentaria adormecê-la novamente. Resultado: papai pulou do bote já na segunda noite. Simplesmente o cansaço do dia impossibilitava que estivesse disponível para ela como deveria durante a madrugada. E a fatídica frase: "ela quer você" findava o processo, antes mesmo de começar. Aqui confesso que ficava "emputecida", cadê a Lei do Pai? (hehehe - riso amarelo). Frustrações à parte, a boa é que depois desse momento ela amenizou a busca (depois constatei que de fato surgiram dentes, seja esse o motivo ou não - entendores psi entenderão), e seguimos com a livre demanda habitual. Eu me sentindo renovada e disposta para continuar.

A amentação é feita de altos e baixos, momentos onde estamos mais disponíveis, tempos onde estamos menos. É como uma dança, que às vezes cansa fisicamente, mas muito prazerosa. Então um dia você acorda e imagina como seria praticar outro esporte/lazer tão prazeroso quanto, com o mesmo parceiro.

Continua... 


2 comentários:

  1. Também senti muita dificuldade em desmamar meu pequeno, com 1a6m, por conta do cansaço de uma nova gestação. O apoio do pai nesse momento é mesmo fundamental. Mas mesmo assim meu menino perdeu peso, só chorava, fazia manhã, só queria meu colo... Foram dias... Dias não, meses (no total uns 3) muito difíceis e cansativos. Hoje ele está recuperado. Não pede mais o peito, apesar de ainda ter um certo medo de quando seu irmãozinho nascer no mes que vem lhe retorne a vontade de mamar.

    Se tomou sua decisão de desmamar nesse momento, força aí! Com perseverança se consegue!!

    Beijos

    Talita

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    1. Olá, Talita! Imagino como foi difícil para você e para o chocoranguinho. O novo baby já chega no próximo mês? Nossa, como o tempo voa!!! Muita saúde para vocês!!! Logo solto o terceiro post com o desmame noturno, enfim, realizado! :)

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